Não É Isso Você Querer? A Minha Morte. romance Capítulo 49

Gabriela Clara Morais hesitou por um momento, percebendo que foi ele quem fez a generosa doação.

"Por que essa generosidade toda de repente? Não posso aceitar."

"Você não pode aceitar o dinheiro ou não pode aceitar que fui eu quem doou?" Ele puxou abruptamente a cortina. "Se fosse outro homem, você aceitaria?"

Gabriela Clara Morais já havia trocado de roupa e olhou para o homem com uma expressão indiferente, sem oferecer qualquer conclusão, nem sentindo necessidade de explicar.

Ela estava organizando sua bolsa e, ao pegar o celular, acidentalmente deixou cair um cartão de visita. O cartão deslizou lentamente até os pés de Sandro Goulart. Ela correu para pegá-lo, mas foi impedida pela mão dele. Ele recolheu o cartão do chão.

Ao ver o inglês no cartão, Sandro Goulart teve uma clara mudança de expressão.

"Isso é meu, devolva-me."

"Você está se metendo em grandes coisas, hein? Contratando até advogado estrangeiro?" Sandro Goulart segurou o cartão entre os dedos e o jogou no rosto de Gabriela Clara Morais. "Jogando esse jogo comigo?"

Ela se abaixou para pegar o cartão, guardou-o novamente, sem mostrar muita emoção. "Cedo ou tarde, a gente ia se separar."

"Parece que te mimei demais." Sua voz estava calmamente assustadora.

Gabriela Clara Morais pegou sua bolsa, pronta para correr. Ele a puxou de volta, "Só quando a faca corta a carne, você sente a dor?"

"Sandro Goulart, me solte."

Ela o encarou, um brilho desafiador nos olhos.

"Sei que faz tempo que você não vê Jobson Morais." Ele ergueu o queixo orgulhosamente, olhando para ela. "Acho que você gostaria de saber como ele está agora."

O coração de Gabriela Clara Morais apertou. Seus olhos tremiam enquanto ela o encarava. "O que você fez com ele?"

"Se quer saber, tem que me obedecer."

O carro seguiu diretamente para o prédio onde ela havia visto Jobson Morais da última vez. Um homem bem vestido saiu e, ao ver o carro parar, prontamente abriu a porta para Sandro Goulart.

"Presidente Goulart."

Sandro Goulart não disse nada, saiu do carro com as mãos nos bolsos, e Gabriela Clara Morais apressou-se para segui-lo.

Um quarto isolado. Parecia um escritório, diferente do da última vez.

Depois de esperar cerca de quinze minutos, Gabriela Clara Morais ouviu o som de rodas no chão. Ela se preparava para ir até lá quando Sandro Goulart a deteve: "Espere aqui, como foi solicitado."

Gabriela Clara Morais não se atreveu a irritar esse homem. Ansiosamente, ela esfregou as palmas das mãos.

Logo em seguida, alguém foi empurrado para dentro.