Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 311

As sobrancelhas espessas de Arthur franziram quase imperceptivelmente, ele jogou o documento que tinha em mãos sobre a mesa e olhou para Tania com uma calma forçada, "Não há problema em te dar a carta, mas que tal você me contar como conheceu Miguel?"

A garota claramente queria proteger Alan, o que não era um problema.

Mesmo que ela não falasse, ele não tinha intenções de mexer com os mercenários.

No entanto, um líder de mercenários internacionalmente renomado parecia ter uma relação bastante próxima com sua garota, e isso merecia uma investigação mais aprofundada.

Nesse momento, Tania levantou a cabeça de seu celular, seus olhos escuros e grandes piscaram, sem esconder muito, "Conhecemo-nos na fronteira."

A fronteira novamente.

Suas habilidades vinham da fronteira, assim como as pessoas que conhecia.

E, curiosamente, ela não tinha voltado para lá nos últimos anos, como se tivesse selado seu passado.

Arthur cruzou as pernas, observando Tania através de uma névoa leve, "Há quanto tempo vocês se conhecem?"

Tania pensou por um momento antes de responder, "Oito anos."

"Conheceu-o aos quatorze anos?" Ela tinha apenas vinte e dois agora, mas já conhecia Miguel há oito anos.

Naquela época, o grupo de mercenários estava apenas começando a se formar.

Embora Tania fosse reservada sobre seu passado na fronteira, ela não pensava em esconder isso de Arthur.

Ela encontrou uma posição confortável no sofá, olhando para a parede da sala de estar, seus olhos perdidos em memórias distantes, "Sim, foi na selva amazônica..."

Para ser exata, foi Marlon Vargas quem a jogou na selva amazônica, o que acabou levando ao seu encontro fortuito com Miguel.

Tania estava ponderando como explicar todo o processo quando a figura de Leandro apareceu de repente na sala, "Chefe, Rosa chegou."

Arthur arqueou as sobrancelhas de forma penetrante, deu uma tragada no cigarro e perguntou com uma voz fria, "Onde ela está?"

"No heliponto." Leandro acenou com a cabeça.

Ouvindo isso, Rosa ajeitou seu cabelo e sorriu, baixando o olhar, "Realmente, estou um pouco surpresa. Afinal, não esperava que Tania também estivesse na mansão de Arthur."

"Oh." Tania respondeu lentamente, com um sorriso quase imperceptível, "Eu pensei que a Sra. Rosa estivesse surpresa por... eu ainda estar viva."

Rosa franzir o cenho discretamente, "O que quer dizer com isso? Tania, não se esqueça, eu te avisei na noite passada para não ir para a montanha, para ir embora o mais rápido possível. Você que não me ouviu. E o resultado?..."

Enquanto falava, Rosa olhou para o tornozelo de Tania, que estava enfaixado, com um sorriso irônico, "Veja só, acabou se machucando."

Tania olhou para sua calça jeans, concordando graciosamente, "Sim, e é por isso que preciso ficar aqui para me recuperar."

Rosa ficou tensa, seu olhar passando por cima do ombro de Tania para a mansão opulenta.

Por todos esses anos, ela nunca tinha entrado lá, mas Tania já estava hospedada.

Quanto mais Rosa pensava, mais insatisfeita ficava, seu olhar se voltando para Arthur, "Arthur, sobre o que aconteceu ontem à noite, preciso falar com você em particular. Que tal entrarmos para conversar?"