Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 378

Naquele momento, Tania também estava com as pernas cruzadas, mas apoiava o cotovelo no joelho, segurando a testa, com um olhar frio e penetrante dirigido ao rosto de Marlon. “Eu concordo.”

O que estava implícito era: o que importa se você não concorda?

Marlon engoliu em seco, com o rosto fechado, encarando-a, “Você sai primeiro, eu preciso conversar a sós com o comerciante e o Sr. Fontes.”

Tania franzia a testa, virando-se para olhar para Arthur.

O homem, calmamente, baixou o olhar, segurando a ponta dos dedos dela e aconselhando, “Vá, mas não vá muito longe.”

Tania acenou com a cabeça, sem insistir mais.

Ela saiu do quarto com Leandro e Karina, dando uma última olhada para o banheiro ao fechar a porta.

Sem saber o que Carla estava fazendo, trancada lá dentro o tempo todo.

No quarto, reinava um silêncio sepulcral.

Marlon se ajeitou lentamente na cama, procurando uma posição confortável, antes de suspirar: “Por que tem que ser a Tania?”

Dizendo isso, ele lançou um olhar sério e grave para Arthur, “Em todo o RN, você poderia ter qualquer mulher que quisesse, por que justamente a minha irmã?”

Naquele momento, Arthur, com uma postura elegante, recostou-se na cadeira, o braço apoiado no encosto, com as mãos cruzadas à sua frente, o tom de voz brincalhão: “Porque no RN, só existe uma Tania. Então, tem que ser ela.”

Essas palavras deixaram Marlon sem palavras.

Ele tinha muito mais a dizer, mas diante dos olhos profundos e enigmáticos de Arthur, não conseguiu pronunciar uma palavra sequer.

A expressão de Marlon mudou várias vezes, até finalmente recuperar sua voz, “Você está falando sério? Arthur, com sua posição especial, estando com a minha irmã, você tem certeza que pode protegê-la? Além de trazer perigo para ela, o que mais você pode oferecer?”

Essa sequência de perguntas revelava preocupação, bem como preconceito.

Marlon, instintivamente, tinha suas reservas em relação a Arthur, mas não podia simplesmente assistir sua irmã entrar na boca do lobo.

Deixando tudo de lado, só o nome Arthur já era sinônimo de inúmeros inimigos.

Estar com ele, Tania não enfrentaria a trivialidade do cotidiano, mas sim, muito provavelmente, um campo de batalha.

Os olhares dos dois homens se encontraram, os olhos de Marlon cheios de desconfiança em relação a Arthur, enquanto este último, com olhos tão profundos quanto o oceano, era impossível de ler seus verdadeiros pensamentos.

Em um breve momento, Marlon ouviu uma frase incrivelmente casual de Arthur, “Tudo, e minha própria vida.”

Marlon ficou chocado, completamente surpreso.

Essa frase, vinda de qualquer um, não o teria deixado tão perturbado, mas Arthur era diferente.

Ele era decisivo, havia atravessado inúmeros campos de batalha para chegar onde estava, com poder e status ao seu lado, desfrutando de honras supremas. Geralmente, pessoas assim são as mais cruéis e as que mais valorizam suas vidas.

No entanto, ele disse com tanta facilidade que daria sua vida por Tania.

Marlon sabia que tanto ele quanto Arthur eram homens orgulhosos e dominadores, que não falavam à toa. Quando palavras eram pronunciadas, eram promessas de ouro.

Marlon refletiu sobre suas emoções, ponderando se, no lugar de Arthur, ele poderia sacrificar sua vida por Tania.

"Não é nada." As palavras que Tania tinha na ponta da língua foram engolidas de volta.

Ela caminhou lentamente para dentro do quarto do hospital, vendo apenas Marlon com um olhar distante deitado na cama, perdido em pensamentos.

Carla ainda não tinha saído do banheiro.

Tania chegou perto da cama, enganchou uma cadeira com a ponta do pé para sentar-se e observou o rosto difícil de ler de Marlon, mexendo a língua nos lábios, esperando que ele falasse.

Marlon soltou um suspiro e olhou para ela de soslaio. "Você realmente decidiu ficar com ele?"

"Sim." Tania puxou um sorriso e acenou com a cabeça. "Eu disse, ele vai ser seu futuro cunhado."

Marlon apertou os lábios sem dizer nada.

Esse cunhado, além de ter uma presença imponente, era incrivelmente astuto.

Com um aceno de mão, acabou de conceder um pedido de armamento de três bilhões para uma fábrica na fronteira, como se estivesse brincando.

Marlon torceu o pescoço rígido e olhou profundamente para Tania, suspirando. "Nossos pais sabem disso?"

Tania respondeu com um tom indiferente, "Ainda não contei."

"Melhor esperar um pouco então." Marlon lambeu os dentes do fundo. "Já que você decidiu, não vou me intrometer. Mas lembre-se, se um dia ele te magoar, você me diz que o Irmão Marlon vai tomar as suas dores."

Um sorriso leve passou pelos olhos tranquilos de Tania enquanto ela olhava para a expressão séria de Marlon e murmurou: "Sim." Tal dia talvez nunca chegue.