Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 498

Tania limpou com seriedade o túmulo, eliminando também as ervas daninhas que cresciam ao redor.

Não demorou muito, ela dispôs as oferendas de frutas e vários papéis-moeda sobre um pequeno altar, e acendeu três varetas de incenso.

Tania tirou duas latas de cerveja, abriu-as e derramou o conteúdo sobre a terra, murmurando para si mesma: “Como o tempo voa, já se passaram três anos.”

Por quase duas horas, ela permaneceu agachada diante do túmulo, murmurando sozinha.

Falou sobre o término do noivado, a formatura e, por fim, sobre Arthur.

Com um tom de compartilhamento, narrou suas experiências de maneira suave.

Essas palavras, ela certamente não diria a mais ninguém.

Mas Alex era diferente, ele era o mais velho entre os sete filhos da fronteira, tendo sido um mentor e amigo para eles durante aqueles anos.

Aquele homem, sóbrio e atencioso, acabou sendo deixado para trás pelo tempo.

O sol no céu já estava a pino quando Tania, massageando os joelhos doloridos, lentamente se pôs de pé.

Ficar agachada tanto tempo fez suas pernas adormecerem.

Ela se estabilizou por um momento, bateu levemente no túmulo e disse: “Alex, até o ano que vem.”

Os raios do meio-dia se esforçavam para penetrar as folhas das árvores, iluminando justamente aquela pedra tumular: O Túmulo de Alex.

...

Tania seguiu o caminho de volta ao pé da montanha, com um semblante tranquilo e um coração pesado.

De volta ao carro, ela se recostou na janela por um bom tempo.

Até que o som vibrante do celular quebrou o silêncio, fazendo Tania olhar para o painel.

Ela pegou o celular e viu que era uma ligação de Elisa.

A barra de notificações exibia também algumas mensagens não lidas.

Como ela não havia levado o celular consigo ao subir a montanha, Tania suspirou levemente antes de atender: “O que foi?”

Ela parecia não estar muito bem, os lábios pálidos e o nariz vermelho, provavelmente por causa de um resfriado, e havia sangue em seus olhos.

“Você tomou remédio?” Tania perguntou enquanto limpava as mãos.

Elisa engoliu em seco, batendo de leve na mesa com um ar contrariado: “Tomar remédio não adiantou, eu fiquei chocada e peguei um resfriado, Tani, deixa eu te contar…”

Tania ergueu a mão, interrompendo a iminente enxurrada de palavras de Elisa, e perguntou: “Já pediram?”

Elisa ficou momentaneamente surpresa, pegou o cardápio e o passou para Tania: “Ah, pode escolher você.”

Assim, enquanto Tania escolhia o que pedir, Elisa começou a desabafar.

Ela mal havia começado quando Tania interrompeu, levantando ligeiramente os olhos: “Você foi empurrada para o mar?”

Elisa assentiu firmemente: “Sim, fui empurrada de um iate.”

“Quem fez isso?” Tania esfregou o cardápio com os dedos, seus olhos se estreitando enquanto sua mente saltava para as pessoas da mansão da Família Fontes.