Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 587

O homem engoliu em seco, inclinou-se para beijar a bochecha dela, mas quando seus lábios finos estavam a meio centímetro de distância, Tania se moveu.

Ela virou o rosto, apertando os lábios, segurou o pulso dele e deu um passo para o lado.

Essa era a segunda vez na noite que Tania evitava o toque de Arthur.

"Arthur..."

Tania não o olhou, mas chamou-o por um nome que há muito não usava.

Desde que tinham sido íntimos, ele não gostava que ela o chamasse de Arthur, e ela parou de fazer isso.

Mesmo que ocasionalmente o chamasse, era apenas como uma brincadeira entre o casal.

Naquele momento, Tania olhava calmamente para a escuridão densa da noite lá fora, apesar de ter chegado com muitas e muitas coisas para dizer.

Ela não era desprovida de sensações; podia ficar zangada, irritada, mas mais do que isso, estava preocupada e ansiosa.

Mas os dedos frios dele e os lábios pálidos por causa da ferida, tudo isso junto fez com que Tania não conseguisse dizer uma palavra.

Brigar? Ela não estava no clima.

Questioná-lo? Ela não tinha posição para isso.

Se ele tivesse a intenção de revelar uma única palavra a ela, ela não teria usado métodos tão enganosos para voltar de Cidade H para RN.

Porque desde o início ele não planejava contar a ela, então até mesmo questioná-lo pareceria irracional.

Os dedos de Tania se curvaram, trazendo seu olhar de volta da janela, com os cantos dos olhos avermelhados parecendo cansados e confusos.

Ela levantou a cabeça para encontrar os olhos apertados de Arthur e murmurou: "Você nunca pensou em ter um futuro comigo?"

Tania não sabia como conseguiu dizer esse longo discurso com uma voz tão calma e sem emoção.

Talvez, não se possa negar a influência de Joana.

Ela definitivamente tinha segundas intenções, Tania sabia muito bem.

No entanto, as ações de Arthur apenas provaram algumas das palavras de Joana.

Cansada.

Ela só sentiu um momento de relaxamento emocional, uma sensação de impotência sem precedentes varrendo seu corpo.

Quando ela viu Arthur sentado no hospital, enrolado em uma camisa, fumando, ela só conseguia pensar em uma coisa: ele não estava gravemente ferido a ponto de não conseguir se levantar, e ela tinha feito uma tempestade em um copo d'água ao voltar.

Mas então, ao ver seu sorriso resignado e carinhoso, ao vê-lo ainda capaz de andar firmemente, ela até sentiu um alívio, pensando que, desde que não fosse nada crítico, era uma sorte no azar.