Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 59

Marlon respirou fundo e sorriu ironicamente: "Vamos colocar desta forma, não tenho nada contra ele, mas isso não significa que os outros não queiram vê-lo morto!"

Essas palavras tinham um significado profundo.

Tânia se endireitou, seus olhos e sobrancelhas delicados demonstrando uma seriedade rara: "Ele tem muitos inimigos?"

"Tantos que basta ele baixar a guarda para ser alvejado em uma colmeia de balas", disse Marlon com um tom meio brincalhão, mas seus olhos profundos não mostravam nenhum sinal de humor. "Você acha que ele dominou o Rio Grande do Norte por tanto tempo apenas com seu talento para os negócios?

Tani, não subestime o Arthur, o que você está vendo é apenas a ponta do iceberg, ele nunca foi uma boa pessoa."

A frase "não é uma boa pessoa" saiu dos lábios de Marlon novamente, silenciando Tânia.

Como você define ser uma pessoa boa ou ruim?

É apenas seguir o que os outros dizem?

Após um momento, Marlon passou a mão pelos cabelos dela, aconselhando com seriedade, "De qualquer forma, lembre-se das palavras do Irmão Marlon, fique longe do Arthur, não trará malefícios para você."

"Está bem...", Tânia concordou prontamente, mas por dentro, ela tinha seus próprios planos.

Ela nunca disse que gostava apenas de pessoas boas!

Além do mais, lembrando-se dos dias na fronteira, ela não se considerava tão boa assim.

...

Ao entrar, Tânia foi direto para seu quarto no terceiro andar.

Ela tinha acabado de colocar o celular sobre a mesa quando Marlon apareceu sem ser convidado.

Naquele momento, ele havia tirado o casaco e estava vestindo apenas uma camiseta fina. Apoiando-se no batente da porta com a ponta do pé, ele perguntou: "Sobre a escola, o irmão não me deixou interferir, ele disse que iria ajudá-la a resolver o problema, você já tem algum resultado?"

Tânia se virou na cadeira do computador, desinteressada: "Eu não perguntei".

Marlon estalou a língua e, à distância, apontou para ela com o dedo indicador: "Você vai me dar nos nervos".

Mesmo depois de três anos, mesmo tendo se reconstruído, ela ainda tem medo de pensar e esquecer.

Como ela poderia ter a coragem de voltar para a fronteira para ver todos? Irmão Marlon não a culpa, Carla não a culpa, mas ela não consegue parar de se culpar!

Não se pode negar que a franqueza de Marlon a fez afundar novamente no pântano das memórias, até sua respiração parecia dolorosa.

Ela olhou pensativamente para o crepúsculo profundo e então voltou para o quarto para pegar o celular.

Na parte inferior da agenda, havia um contato marcado com um símbolo especial [卍].

Tânia hesitou por um momento, mas mesmo assim fez a ligação.

Logo o telefone foi atendido, e uma voz carregada de idade brincou: "Tânia, ainda se lembra desse seu professor?"

Ao ouvir a voz do outro lado, impregnada pelo peso dos anos, o pesado fardo emocional em seu coração inexplicavelmente diminuiu um pouco: "O professor me ensinou e me orientou, como eu poderia esquecer?"