Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 639

A pessoa amada estava tão perto que as emoções reprimidas por anos começavam a mostrar sinais de erupção.

Zuleica nem sabia quanto tempo havia ficado no banheiro, lavou o rosto com água fria antes de finalmente abrir a porta devagar.

Ao levantar os olhos, deparou-se com uma parede de pessoas bloqueando seu caminho.

E lá estava Zuleica, paralisada no lugar.

Do lado de fora estava Miguel, com uma mão casualmente nos bolsos da calça, imponente e bonito, com algumas mechas de cabelo caindo sobre sua testa e balançando sobre suas sobrancelhas. Seus olhos também exibiam um brilho levemente embriagado.

Um homem de vinte e nove anos, que havia perdido a timidez da adolescência, tornando-se estável e maduro – uma idade irresistível para as mulheres.

Zuleica sentia que não estava bêbada, mas parecia estar se afogando nos olhos profundos e intimidantes dele.

Seus olhares se encontraram, talvez por apenas um segundo, mas para ela, pareceu uma eternidade.

Miguel, é claro, não ignorou o olhar nebuloso dela, arqueou ligeiramente as sobrancelhas e tocou sua testa com o dorso da mão, "Bebeu demais? Ou está se sentindo mal?"

Os dedos quentes em sua testa bagunçaram completamente o coração de Zuleica.

Seus olhos estavam um pouco vermelhos enquanto olhava para Miguel por um bom tempo antes de finalmente recuar um passo, estabelecendo uma distância segura, "Não, você precisa usar o banheiro?"

Miguel a olhou profundamente, estreitando os olhos, "Tem certeza de que está tudo bem?"

Zuleica pressionou os lábios, organizando suas emoções antes de lançar um sorriso cortês para Miguel, "Claro, obrigada pela preocupação, Sr. Miguel."

Miguel puxou levemente os lábios em um sorriso, lançando-lhe um olhar de soslaio, "Precisa ser tão formal comigo? Você nem percebe o quanto seu sorriso é falso."

Zuleica com um sorriso forçado: "……"

Ela saiu do banheiro, e Miguel observou sua silhueta por um momento antes de entrar indiferentemente para lavar as mãos.

Quando saiu, o grande ecrã na frente da suíte havia mudado de música, de alguma maneira, de música instrumental para uma canção chamada "Há Quanto Tempo".

Esse estilo sentimental e suave imediatamente fez Miguel sentir um gosto amargo na boca.