Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 682

A placa do carro havia sido trocada por uma nova, com os números finais 312, a data do seu aniversário.

Quanto ao veículo anterior, ela acabou não se preocupando mais, parece que foi Leandro quem cuidou disso.

"Vamos, entre e veja." O homem puxou seu braço, indicando para que ela entrasse no carro.

Tania olhou para ele rapidamente, sem hesitar, abriu a porta e entrou na cabine.

Era o modelo mais novo e completo, ainda exalando o cheiro dos assentos de couro legítimo, parecia não ter muita diferença, mas parecia... ter algo mais.

Com um vislumbre, Tania notou uma pequena caixa de veludo azul-escuro no painel.

A porta estava entreaberta, Arthur estava do lado de fora, olhando por entre a fresta, com um olhar raro de ternura.

Tania estendeu a mão além do volante, pegou a caixa de veludo, quadrada e de textura refinada.

Será que era um anel?

Não havia logotipo na caixa, ela não tinha certeza do que havia dentro naquele momento.

Tania se voltou para Arthur, um sorriso involuntário surgiu em seus lábios.

O homem estava encostado na porta da cabine, com os lábios levemente cerrados, dando uma leve inclinada de cabeça em direção à caixa que ela segurava.

Tania engoliu em seco, abrindo lentamente a tampa.

Enquanto pensava no que dizer caso fosse um anel de noivado, seus olhos foram surpreendidos por um relógio de pulso feminino de prata delicado.

Ah, pensou demais.

Ela examinava novamente o relógio, com a voz tensa dele ainda ecoando em sua mente, lançou-lhe um olhar incisivo, com um tom frio, "Você não está... esperando que eu use isso em você, está?"

Embora eles tenham tacitamente evitado falar sobre a noite em que sua doença se manifestou, isso não significava que haviam esquecido.

Especialmente porque ele tem prestado atenção em seu pulso nos últimos dias, inclusive o toque ao segurar sua mão ou abraçá-la era mais suave do que o habitual.

Sendo ele um homem dominador, essa cautela repentina deixou Tania com um sentimento amargo.

O relógio em seu pulso, ele certamente estava preocupado que ela pudesse se machucar novamente durante um surto, por isso escolheu essa maneira indireta de dizer que ela poderia optar por anestesiá-lo.

Nesse momento, Arthur, vendo seu semblante fechado, soltou uma risada fraca, puxando-a para perto de si, olhando para o topo da montanha à distância, com uma voz calma tentou tranquilizá-la: "Você pode usar como achar melhor, até mesmo em mim, se for necessário."

Tania suspirou silenciosamente, preferindo não estender mais a conversa sobre sua condição, simplesmente puxou um sorriso e respondeu: "Ah..."