Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 830

No escritório da mansão do Conde, no terceiro andar, uma parede inteira de estantes estava repleta de literatura clássica.

O tom escuro de vermelho da decoração enchia o ambiente com uma sensação de seriedade e opressão.

A luz do teto iluminava suavemente, envolvendo as pessoas perto do sofá em seu círculo de luz, onde o único som ocasional era o estalido.

Esse era o som dos pedaços de uma taça de vinho, que Tania havia acidentalmente quebrado, caindo na bandeja.

Naquele momento, Arthur estava ajoelhado em um joelho, com a cabeça baixa, segurando a mão direita de Tania com uma das mãos, enquanto com a outra usava uma pinça para cuidadosamente remover os cacos de vidro que estavam incrustados em sua carne.

Os cabelos curtos do homem caíam sobre sua testa, escondendo seus olhos sombrios.

Ele parecia estar controlando cuidadosamente sua força, mas as veias em sua mão que segurava a pinça estavam proeminentes.

Tania permanecia em silêncio, sentada quietamente, mesmo com a palma da mão em carne viva, não emitiu um único som.

Ela permanecia imóvel, olhando para a estante de livros à frente, como se estivesse pausada.

Como se, para ela, a verdadeira decepção e tristeza sempre fossem silenciosas.

Depois de vários minutos, Arthur terminou de enfaixar a palma da mão machucada de Tania, e sua testa estava coberta por uma fina camada de suor.

A tensão emocional entre os dois parecia estar no limite, mas nenhum dos dois quebrou o silêncio.

Arthur ainda mantinha sua postura ajoelhada, tocando gentilmente as pontas dos dedos frios de Tania com seus dedos quentes.

Seu olhar caiu sobre o pulso esquerdo dela, onde o relógio havia desaparecido.

Mas nos últimos dias, a localização desse relógio ainda estava ativa em Cidade Y pelo Systema Honker.

Por isso, ele não esperava que Tania voltasse ao Brasil, aparentemente sob uma nova identidade.

Após um longo tempo, Arthur finalmente falou, com a voz rouca: "Você me culpa?"

O olhar de Tania, que estava fixo à frente, lentamente se deslocou para o rosto do homem, encontrando seus olhos escuros.

Os lábios de Arthur se apertaram, ele levantou seu queixo, seu rosto expressando severidade, "Então diga algo, sim?"

Seu movimento forçou Tania a olhar em seus olhos.

Ambos refletiam a luz quente da lâmpada, mas não havia calor em seus olhares.

Tania lambeu seus lábios secos e, com uma voz que carregava um tom involuntário de manha e queixa, disse: "Dói..."

Era verdadeiramente doloroso.

Considerando a força de caráter dela para admitir que estava doendo, ele não tinha energia sobrando para pensar em mais nada.

O corpo de Arthur ficou um pouco rígido, mas ao se sentar, ele cuidadosamente envolveu o ombro dela com muito cuidado, trazendo-a para perto de si.