Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 852

Tania olhou para o documento com uma expressão impassível, virou para a última página e deu uma rápida olhada na assinatura. "Qual é a reivindicação deles?"

"Querem que o Velho Sr. Ferreira refaça o testamento de acordo com a lei de sucessão."

Tania fechou o documento e o empurrou para a frente de Percival. "Basicamente, eles querem redistribuir a parte que está sob meu controle, certo?"

Percival sorriu levemente. "De fato, embora o velho tenha registrado o testamento, ele ainda está vivo. Os filhos insatisfeitos com a distribuição de bens podem, sim, solicitar uma mediação."

"Não precisa se preocupar muito. Se o Velho Sr. Ferreira insistir em distribuir os bens dessa forma, eu farei o possível para ajudá-lo a defender essa decisão."

Tania esboçou um leve sorriso e, ao se levantar, acenou com a cabeça. "Obrigada. Se houver algum progresso, por favor, peça ao Advogado Percival para me informar."

Percival também se levantou, apertou a mão dela para se despedir e prometeu com um sorriso suave: "Farei isso."

Após a saída de Tania, Percival voltou ao escritório, pegou o celular sobre a mesa e ligou para o tio Marcos Ferreira.

"Sua sobrinha acabou de sair daqui."

Naquele momento, sentado em seu escritório na Universidade Médica do RN, Marcos levantou as sobrancelhas surpreso. "O que ela foi fazer aí? Está atrás de um caso?"

Percival explicou a situação, e Marcos não pôde deixar de rir. "Essa menina, sempre bem informada."

"Eu acho que a intenção da sua sobrinha é se envolver na situação."

Marcos se levantou, caminhou até a janela e, olhando para o campo abaixo, deu uma risada leve. "Deixe-a ser. Minha sobrinha sempre foi muito protetora."

...

Com o céu tingido pelo crepúsculo, Tania saiu sem pressa do prédio do instituto de pesquisa e imediatamente notou um carro preto estacionado na via lateral da praça.

Ao lado do carro, Leandro estava em pé e, ao ver Tania, prontamente abriu a porta traseira do veículo.

O sol poente derramava uma luz dourada dentro do carro, envolvendo o homem sentado no banco traseiro com um brilho suave.

Tania sempre foi perspicaz, especialmente quando se tratava de alguém que ela guardava no coração. Qualquer pequena mudança chamava sua atenção.

Enquanto Arthur cuidadosamente aplicava o remédio na palma da mão dela, Tania sentiu um impulso e segurou os dedos dele.

Arthur franziu a testa e, com um tom baixo, disse: "Solte a mão."

Tania estreitou os olhos, mas não soltou, ao contrário, apertou ainda mais. "Você veio até aqui só para cuidar do meu ferimento?"

Ela já estava no carro há algum tempo, mas Leandro ainda não havia ligado o motor, e o carro permanecia parado, obviamente sem intenção de voltar ao palácio.

Arthur, com cuidado, afastou os dedos dela e lançou-lhe um olhar. "Vim resolver algumas coisas na área de desenvolvimento e aproveitei para cuidar do seu ferimento."

"Ah." Ela respondeu, não muito convencida.

Tania, sem dar na vista, olhou para o espelho retrovisor da frente, franzindo levemente a testa, e perguntou casualmente: "Você ainda vai voltar para a empresa hoje?"