Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 880

"Vinte e três."

Tania retirou seu olhar inexpressivo, vinte e três anos, realmente um jovem adulto.

Milton, ao perceber sua expressão ligeiramente sombria, deu um passo à frente, inquieto, "Querida, se realmente precisa de uma solução, deixe o senhor da família Song me levar."

Mesmo que ele tratasse Fausto de forma autoritária, no fundo, era um jovem que ele havia cuidado por muito tempo. Se realmente fosse levado, sua vida estaria arruinada.

Milton ponderou e considerou esse método o mais confiável. Suspirou, virou-se para Fausto, "Não se engane com a aparência de vinte e três anos, na verdade, sua mentalidade é quase como a de uma criança.

Quando o encontrei há dois anos, ele nem sabia escrever, e muitas coisas não se lembrava.

Deixe que eles me levem, eu arcarei com as consequências. Quanto a ele... você poderia cuidar dele por um tempo?"

Tania curvou os lábios em um sorriso enigmático, "Você gosta dela?"

"O que é isso?" Milton ficou boquiaberto, apontando para o próprio nariz, "Eu pareço gay para você? Hein?"

Entendi.

Este comerciante de segunda mão da família cuidou de Fausto por mais de dois anos e não sabia que ela era uma garota?

Parece que... nem mesmo Zuleica e os outros perceberam.

Fausto tinha traços delicados, rosto pequeno, olhos amendoados, mas a linha do maxilar era bem definida, o que lhe conferia um ar de bravura, complementado pelo cabelo curto e a figura esguia, o que realmente... facilitava a confusão com um garoto.

Tania não respondeu diretamente a Milton, deu-lhe um olhar profundo e contornou a vitrine.

Ela parou a poucos passos de Fausto, levantou a sobrancelha, "Venha comigo."

"Por quê? Quem é você?" Fausto perguntou com firmeza, erguendo o pescoço.

Então, Milton deu passos largos à frente e deu um tapa na parte de trás da cabeça dela, "Ela é sua ancestral."

Fausto cambaleou com o golpe, fez um bico e olhou de soslaio para ele, "Tá bom, tá bom, eu entendi."

Tania reprimiu o sorriso no canto da boca, seus dedos tamborilando no braço da cadeira, "Você é uma garota, não é?"

Fausto piscou, sem demonstrar nervosismo ou culpa, mas respondeu com silêncio.

E o silêncio, por si só, era uma confirmação.

"Há um motivo?" Tania a olhou de soslaio, com um tom calmo, não era uma acusação nem uma crítica, mais parecido a uma conversa casual.

Os lábios de Fausto se moveram, hesitante.

Tania não a pressionou, pacientemente aguardando que ela baixasse a guarda.

Ela sobreviveu nas margens da sociedade por muito tempo, sabia o quão corrupto o mundo podia ser, e para se proteger, só podia fazer isso.