Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 919

Com sua natureza indolente, Tania já havia demonstrado uma paciência considerável ao participar da avaliação do Grupo de Escuro de forma tão metódica.

Portanto, quando Murilo anunciou que a segunda prova, a de montagem, seria à tarde, ela torceu o lábio, contrariada.

"Não podiam fazer tudo de uma vez?"

Ela ergueu o rosto para Arthur, que massageava sua mão, e mal abriu a boca para falar quando o homem, franzindo a testa, virou-se para Karina e ordenou: "A pomada."

Tania: "..."

Ela olhou para sua mão. Na verdade, não estava ferida, apenas um pouco vermelha e inchada na região entre o polegar e o indicador, devido aos disparos contínuos.

Arthur a levou para a área de descanso da arquibancada e a fez sentar. Karina entregou-lhe um frasco de pomada vermelha com as duas mãos e, do bolso, tirou cotonetes, gaze, uma pequena pinça e outros itens.

Todos os membros do campo de treinamento: "..."

Murilo olhou para suas próprias mãos ásperas e calejadas. Droga, vidas tão diferentes no mesmo mundo.

Tania sentou-se em um banquinho de madeira, com uma mão apoiando o queixo, observando Arthur, de cabeça baixa, aplicar a pomada com cuidado. Ela ponderou e sugeriu: "A segunda prova...", poderia ser antecipada.

"Sim, continuaremos à tarde." O homem olhou para ela, com um sorriso nos lábios, mas o tom era inquestionável.

Tania suspirou em silêncio. De relance, viu Davi a alguns passos de distância, com um cigarro entre os lábios, olhando para ela de forma pensativa.

Seus olhares se cruzaram, e Tania ergueu uma sobrancelha. "O que foi?"

Davi soltou uma baforada de fumaça, com um sorriso nos lábios, e se aproximou para sentar ao lado dela. "Quando você aprendeu a usar uma arma?"

Tania pensou um pouco e respondeu vagamente: "Há uns sete ou oito anos."

Ela se lembrava de que a primeira vez que viu uma foi na selva primitiva da fronteira.

Naquela época, Miguel estava gravemente ferido, encostado em uma árvore, com a arma na mão, esperando a morte. Foi por causa da aparição dela que ele sobreviveu.

Mais tarde, o Irmão Marlon tomou a fábrica da fronteira pela força, e ela costumava se esconder lá para brincar com as peças semiacabadas. Com o tempo, sua habilidade com armas se aprimorou.

Nesse momento, os olhos de Davi se aprofundaram em pensamento. Olhando para a expressão calma de Tania, ele franziu os lábios. "Você tem vinte e dois anos, certo?"

"Sim."

Tania deu uma rápida olhada. Havia muitos tipos de peças, incluindo, no mínimo, as de um fuzil de precisão, um fuzil de assalto e uma pistola.

"Karina."

Tania lançou um olhar a Murilo e chamou diretamente o nome de Karina.

Esta, sentiu-se imensamente honrada.

Afinal, o resultado da avaliação da Srta. Vargas estava em jogo, e Karina não ousava ser descuidada.

"Não precisa. Você me ajudando é o suficiente." Tania, com a mão esquerda, mexeu em algumas peças, seu tom muito calmo.

Arthur, ao ver a cena, abriu um leve sorriso.