Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 937

Karina, Murilo e os outros, que haviam recebido ordens para esperar, estavam à distância.

Ao ver Mariana, Murilo inconscientemente tocou o próprio bíceps, sentindo-se um fracote.

Nesse momento, Tânia, com ar desinteressado, virou-se de frente para a vitrine e encarou o sorriso frio e desdenhoso de Mariana. Com um gesto displicente, ela usou o dedo indicador para levantar um pouco a aba do chapéu.

"Se tem algo a dizer, diga logo."

Quando Tânia se virou, Arthur também a olhou de lado.

A uma distância tão curta, Mariana pôde sentir com mais clareza a atração daquele rosto bonito.

Olhos profundos como tinta, nobres e frios. Aparência e temperamento de primeira classe. Mariana nem conseguiu encontrar palavras para descrevê-lo.

Marlon Vargas também era muito bonito, mas, comparado a este homem, faltava-lhe algo.

Talvez Mariana tenha olhado para Arthur por tempo demais, tanto que Tânia, depois de esperar um bom tempo por uma resposta, perdeu a paciência. No momento em que levantou os olhos, viu a expressão excessivamente focada de Mariana.

Tânia virou-se para olhar o homem ao seu lado, depois voltou a encarar a mulher à sua frente. Com o rosto sério, deu um pequeno passo à frente.

Ela sempre soube do charme de Arthur; era normal que mulheres se sentissem atraídas por ele.

Mas Mariana, olhando para o homem dela sem qualquer disfarce na sua frente, com aquele olhar que misturava curiosidade e um interesse velado, era particularmente irritante.

Tânia ficou descontente.

Então, deu um passo à frente na tentativa de bloquear o olhar direto de Mariana, mas... ela mal tinha um metro e setenta, e Mariana, um metro e oitenta.

Com dez centímetros de diferença, seu esforço foi em vão.

Nesse momento, Mariana baixou o olhar e encarou Tânia, os olhos cheios de desdém.

"O que eu quero dizer, você não sabe?"

Tânia ergueu o canto dos lábios.

"Não tenho tempo."

"Não depende de você. "Mariana se inclinou um pouco, tentando usar sua altura para intimidar Tânia. "Aqui, se você não lutar comigo, não pense em sair esta noite."

Dito isso, ela olhou de relance para Arthur, e uma estranha onda percorreu seu olhar.

Vendo isso, Tânia se inclinou para trás, apoiando todo o seu peso nos braços de Arthur, e sorriu com desprezo.

"Mariana, tem certeza de que pode me impedir?"

"Que tal... tentarmos? "Mariana estalou o pescoço, e o som de suas vértebras foi claramente audível. "Tânia, só falar não adianta. Faz alguns anos que não nos vemos, por que sinto que você ficou medrosa? Está com medo?"

Medrosa?

Tânia, claro, percebeu a provocação.

Apoiada no homem, ela passou os dedos pela aba do chapéu. Após alguns segundos de silêncio, os olhos atrevidos de Mariana mais uma vez passaram por cima de sua cabeça e fixaram-se em Arthur.

Os olhos de Tânia instantaneamente se encheram de fúria.

O olhar direto de Mariana a deixou extremamente irritada, como se algo que lhe pertencia estivesse sendo cobiçado com más intenções.

Tânia endireitou as costas, saindo dos braços de Arthur, e pegou a mão dele, fazendo menção de sair.

Mariana de repente levantou o braço para bloqueá-la. Sem dizer uma palavra, no momento em que soltou Arthur, Tânia desferiu um soco direto no rosto dela.

Esta foi, provavelmente, a primeira vez em sua carreira de lutadora que Tânia iniciou um ataque.

Embora Mariana quisesse muito uma boa luta com ela, as estantes de antiguidades ao redor a preocupavam. Ela franziu a testa e desferiu um chute lateral na cintura de Tânia.

Tânia, que já esperava por isso, dobrou o joelho e atingiu a parte de trás do joelho de Mariana para se defender.

Um segundo depois, as pernas das duas colidiram, e a força do recuo as fez recuar, criando distância entre elas.

Tânia se firmou, olhou para o chapéu de pescador no chão, levantou os olhos para Mariana e seu olhar brilhou.

As habilidades de Mariana estavam, de fato, mais rápidas e ágeis do que antes.

Sua constituição alta e estrutura óssea não afetaram seu desempenho, e sua força de explosão era impressionante.

Nesse momento, Mariana se estabilizou e semicerrou os olhos amendoados.

"Você regrediu."

Quando o homem falou, o olhar de Mariana mais uma vez se fixou nele, incontrolavelmente.

Bonito, nobre, e até sua voz era um grave masculino, perfeito e sedutor.

O humor sombrio de Tânia melhorou um pouco. Ela agarrou a camisa dele, puxando-o para perto, e deu-lhe um beijo nos lábios.

Então, com um ar desafiador, arqueou as sobrancelhas e olhou para Mariana. Ao perceber que ela ainda estava olhando para Arthur, seu rosto esfriou.

"Nos vemos na arena."