Não vivo sem você romance Capítulo 125

"Quando eu estava no exterior, fiz um acordo com a família Newton em que, acidentalmente, não compreendi certinho os detalhes. Fui caçado pelo meu irmão por muito tempo por causa disso. Você se lembra?"

Ava se lembrava claramente da vez em que fez amizade com o Enrico por causa disso.

No entanto, tinham se passado quatro anos.

Enrico disse: "Na verdade, esse assunto ainda não acabou, porque ele não conseguiu me encontrar naquela época. Mas agora que a família Newton faliu, se meu irmão conseguisse pegar o acordo que eu fiz com eles, eu posso acabar sendo preso."

"Sério?"

Ava não sabia muito sobre negócios, mas sabia que crimes relacionados a dinheiro podiam acarretar penalidades severas. Seria um grande problema se o Damien conseguisse pegar o acordo do Enrico.

"Ava, eu tentei em vários métodos, mas nenhum deles funcionou. Você é, provavelmente, a única pessoa com quem ele abaixaria a guarda. Você vai me ajudar, pelo nosso relacionamento de tantos anos, não vai?"

Enrico pediu ajuda e segurou a mão da Ava com sinceridade.

Ela hesitou e, por fim, disse: "Tá bem, mas o cofre tem uma senha. Não sei se consigo fazer isso."

"Perfeito! Ava, você vai estar salvando a minha vida!"

Enrico ficou radiante e a abraçou com força.

Ela se assustou e o empurrou depressa: "Enrico, me solte! Ei!"

Mal percebeu que tinha perdido a compostura, largou as mãos e se desculpou.

Felizmente, não tinha mais ninguém no corredor, se não, ela não seria capaz de se explicar.

......

Ava saiu do trabalho alguns minutos atrasada, pois teve que preencher um formulário.

Quando ela estava prestes a guardar suas coisas, não tinha quase nenhum dos seus colegas no escritório.

Enrico se encostou na porta e balançou as chaves do carro: "Vamos, eu te levo!"

"Não acho que essa seja uma boa ideia. Se meus colegas nos virem..."

"Não tô vendo nenhum dos seus colegas no escritório, todos já foram embora. Sei que você não gosta de chamar atenção, fiquei esperando aqui especialmente por você."

Enrico sorriu e a puxou, e então ela não teve escolha a não ser ir com ele.

Quando eles foram até a entrada da empresa, viram que tinha um carro estacionado bem no meio.

Era Damien.

Ele também estava esperando por ela.

A expressão dele mudou assim que viu o Enrico e a Ava rindo e conversando quando estavam saindo.

"Ava, eu vou te levar pra casa", Damien ignorou o Enrico de propósito e puxou a Ava para o seu lado.

"Irmão, Ava concordou que eu a levasse", disse Enrico.

"Você sabe muito bem quem é a Ava", Damien disse com uma voz fria.

"Claro que sei, ela é minha subordinada. Como um superior, sempre fui atencioso com meus subordinados e, por isso, vou levá-la de volta pra casa."

Enrico tentou puxar o braço da Ava, mas o Damien não permitiu que ele a tocasse, imediatamente agarrando a outra mão da Ava.

Como o Enrico não conseguiu pegar o braço dela, ele sorriu: "Irmão, você não devia se comportar desse jeito. Ava é um ser humano, não um robô, você devia deixá-la fazer sua própria escolha."

"Tá, você escolhe."

Damien deu para ela a oportunidade de escolher, mas eles a colocaram em um dilema.

Ela só queria ir para casa que nem era muito longe, por que eles estavam dificultando as coisas?

"Vou pra casa de metrô então", disse ela instantaneamente.

Tinha um metrô próximo à entrada da empresa. Ava correu depressa e o Enrico estava prestes a segui-la sem nem pensar. Damien fez sinal para o motorista que imediatamente saiu do carro para parar o Enrico.

"Ei, por que você tá me impedindo? Ela quer pegar o metrô sozinha. Não me diga que você vai dirigir o trem do metrô pra levá-la pra casa!?"

Damien ignorou as bobagens do Enrico e seguiu a Ava, pois viu que ela estava entrando na estação de metrô.

"Ah, por que você tá me seguindo?", Ava se sentiu desconfortável quando viu que o Damien estava atrás dela.

"Como eu já disse, vou te acompanhar até em casa."

Damien segurou o braço dela para ajudá-la a passar pela multidão que estava correndo para a estação de metrô.

Quando eles estavam na frente do portão de entrada, Ava passou seu cartão rapidamente e entrou enquanto o Damien foi parado do lado de fora.

Ele obviamente não tinha um cartão de metrô e não tinha nenhum dinheiro com ele.

Ava sorriu sem deixar que ele percebesse. O presidente provavelmente nunca tinha andado em um transporte público na vida, como ele poderia saber como comprar uma passagem?

Ele também podia apenas ter lido o código QR com seu celular, mas ele claramente não sabia disso.

Ava estava feliz por ele não poder mais ir atrás dela, então ela entrou no metrô toda pomposa.

Nos horários de pico, tinha muitos passageiros na estação de metrô, então era difícil para ela se espremer para dentro do metrô. Estava tão lotado que ela não conseguia nem ficar em pé direito.

Ava se sentiu sem conseguir respirar direito enquanto balançava de um lado para o outro no meio da multidão. Ela mal conseguia encontrar um lugar para ficar em paz.

Quando a porta do metrô estava quase se fechando, um homem se espremeu no último minuto. Já estava lotado, mesmo assim o homem que entrou correndo tornou tudo ainda mais sufocante.

De repente, o corpo da Ava estava sendo segurado por um par de braços, e ela quase colocou a cabeça no peito do homem.

Ela estava prestes a xingar o homem que se aproveitou dela, mas ficou surpresa quando descobriu que era o Damien!

"Como você conseguiu se espremer pra dentro?", ela perguntou assustada.

"Não sou burro, aprendi enquanto observava os outros comprando passagens."

Mesmo assim, o metrô estava lotado, e o fato de ela estar envolvida por ele fazia com que ela não tivesse espaço para fugir.

Damien a protegeu tão bem que ninguém conseguia tocá-la, exceto ele mesmo.

Por ser alto, ele não sentia que o ar de dentro do metrô estava abafado.

De qualquer forma, foi realmente a primeira vez que ele experienciou esse.

"Se você não gosta de ir e vir do trabalho, vou te arranjar um carro amanhã", disse ele no ouvido dela.

"Eu não preciso disso."

"Vou arranjar um motorista pra você, se não quiser dirigir."

"Eu não preciso disso! Eu gosto de pegar o metrô e só vou de metrô!"

Ela aumentou ligeiramente o tom de voz, o que fez com que algumas pessoas ao redor olhassem para ela.

De qualquer forma, Damien não sabia como agradá-la.

"Então, você não quer nada de mim e prefere se espremer no metrô todos os dias?"

Ela não disse nada e revirou os olhos.

Ninguém gostava de ficar espremido no metrô lotado! Mas ela prefere ser espremida até a morte do que aceitar qualquer coisa dele.

Depois de chegar na estação, muitos passageiros entraram e saíram do metrô.

Damien e Ava foram arrastados para a borda pela multidão até finalmente tropeçarem na porta.

Ela se encostou em um pilar que estava do lado dela, pois suas pernas estavam doendo e dormentes.

Damien olhou para o salto alto nos seus pés: "Você pode se apoiar em mim se estiver cansada."

"Não, não tô cansada", ela se virou, pois não queria encará-lo.

Nessa hora, um homem que queria descer na próxima parada fez o possível para se espremer do lado deles. Ele fez com que a Ava caísse nos braços do Damien e se apoiasse nele.

Ele colocou a mão no ombro dela e sorriu: "Pelo visto, você gosta de pegar o metrô pra ficar mais perto de mim, né?"

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