Não vivo sem você romance Capítulo 132

"Eu reconheço que entendi de forma errada o que aconteceu hoje, mas, por favor, me deixe ir", Ava estava olhando para baixo quando disse isso.

"Meu celular."

Ela não entendeu direito.

Damien apontou para o celular na mão dela, e ela acabou percebendo que o celular que ela tinha usado era o dele.

Ela rapidamente devolveu o celular.

A tela do celular brilhou de repente, Ava não queria espiar, mas ela viu o conteúdo sem querer.

Era uma mensagem de Florence: "Quero te ver você hoje à noite".

Estava na cara que Florence era uma mulher.

Pelo visto, o Damien tinha um compromisso hoje à noite.

Ava colocou o celular na mão dele e seguiu o Enrico depressa.

Damien olhou para o celular e bloqueou o contato de Florence.

Ele ficou os observando enquanto o Enrico abria a porta do carro para a Ava e os dois iam embora juntos.

Ava estava trabalhando no Departamento Administrativo, não era surpresa que ela conhecesse o Enrico. Mas como eles acabaram tão próximos?

Ele se sentiu desconfortável ao pensar que o relacionamento deles era, de certa forma, incomum e que eles pareciam próximos.

"Me desculpe, senhor. Não tive coragem de impedi-los já que a senhora estava lá", disse o mordomo que estava ao lado.

"Enrico entrou no meu escritório?"

"Sim, ele disse que estava procurando por uma criança, mas foi direto pro seu escritório."

Damien começou a ter ainda mais suspeitas.

Ele subiu as escadas e entrou no escritório. No entanto, não tinham tocado muito nas coisas que estavam sobre a mesa, parecia que não teve tempo suficiente para o Enrico fazer isso.

Ele abriu a gaveta da mesa e viu que tinha alguns documentos da empresa nela. Ele os tirou e trancou no cofre ao lado.

......

No dia seguinte, no Grupo Radbury.

A secretária conduziu a Luella ao escritório do presidente.

Ela era apenas uma funcionária de baixo escalão. Essa foi a primeira vez em que ela entrou no escritório do presidente, então ela estava muito nervosa.

Damien parou na frente da janela de vidro e olhou para ela. O escritório ficou em um silêncio total quando a secretária saiu.

Luella não tinha coragem nem de respirar, nem de falar ou sequer de olhar para o presidente.

O silêncio pairava na sala, e ela estava ficando cada vez mais confusa a cada segundo que passava. Ela queria se enterrar debaixo da terra o mais rápido possível.

Finalmente, Damien abriu a boca: "Ouvi dizer que você e a Ava são amigas."

Luella ficou em choque, pois não esperava que o presidente fosse perguntar sobre a Ava assim do nada. Como o presidente e a Ava se conheciam?

Ela só conseguiu acenar com a cabeça honestamente: "Sim, entramos ao mesmo tempo na empresa."

"Ela vai pro escritório do Enrico com frequência?"

"Eu... eu não sei."

Os olhos do Damien ficaram frios.

Ele estava apenas olhando para ela, mas a Luella sentiu como se fosse derreter.

Era como se ela estivesse sendo agarrada pela garganta e forçada a dizer a verdade.

"Eu... eu vi a Srta. Nagel entrar no escritório do vice-presidente algumas vezes. Eles parecem se conhecer há um bom tempo."

Ela enxugou o suor do rosto e pensou: "Talvez o presidente seja um policial que intimida os criminosos pra fazê-los confessar. Ele não precisa nem os torturar, ele dá medo só de ficar parada na frente deles".

Não dava para ver nenhuma emoção no rosto frio do Damien, então ele disse com calma: "Continue falar."

Luella não sabia o que falar. Ela só conseguia pensar em alguns detalhes irrelevantes, mesmo quando quebrava a cabeça para tentar lembrar.

"Ninguém no nosso departamento sabe sobre o relacionamento deles, eu acho. Às vezes, ela ia no escritório do vice-presidente, mas, na maioria das vezes, é o vice-presidente que vai procurar por ela, e eles costumam ficar lá dentro por quase uma hora."

"É frequente?"

"Não é muito frequente, cerca de duas a três vezes por semana. Eu acho que... deve ter algum trabalho pra ser entregue."

Damien bufou friamente.

Ela não precisava ter dito a segunda metade da frase, na verdade.

Parecia que ela estava inventando uma desculpa para a Ava, mas, na verdade, Ava era apenas uma escriturária, nenhum trabalho dela teria para entregar ao vice-presidente.

Damien ainda não disse nada. Em seguida, ele apontou para a porta, indicando que ela podia sair.

Então, Luella deixou o escritório em um piscar de olhos.

Quando ela saiu do escritório do presidente, ela percebeu que suas costas estavam encharcadas de suor.

Ela tinha acabado de responder algumas perguntas, e embora o presidente não tivesse dito nada demais, ela sentia que ele não estava de bom humor, como se ele pudesse matá-la a qualquer instante.

Por que o presidente perguntou essas coisas justo para ela?

Luella foi lentamente de volta para sua própria mesa e ficou ainda mais confusa quando pensou nisso tudo.

Naquela hora, Ava estava concentrada no trabalho, mas a Luella agarrou a mão dela antes que ela se sentasse.

"Senhorita Nagel, adivinha onde eu estava?"

"Onde?"

"Fui chamada no escritório do presidente!"

"Quê?"

Ava ficou tão chocada que acabou digitando algum texto errado no teclado.

Luella abaixou a voz e disse para ela: "O presidente, ele é estranho... Ele me perguntou sobre o relacionamento de você e o vice-presidente. Srta. Nagel, não me diga que você realmente tá tendo um relacionamento com o senhor Enrico?"

Ava ficou chocada, pois não esperava que ele fosse perguntar para a Luella sobre o relacionamento deles dois.

Pelo visto, sua aparição repentina junto do Enrico na residência da família Radbury tinha criado algumas suspeitas.

Se ele descobrisse que o Enrico que a colocou na empresa apenas para roubar os documentos dele, a consequência seria inimaginável.

Tinha muitos colegas no escritório, então ela puxou rapidamente a Luella para a despensa. Ela se certificou de que não tinha ninguém por perto e trancou a porta da despensa.

"Senhorita Nagel, por que você tá tão nervosa?"

"Pare com essa bobagem! O Enrico e eu... não estamos namorando! Do que você tá falando?"

"Não tô falando nada! Tô só curiosa pra saber por que o presidente me perguntou sobre seu relacionamento com ele..."

Ava perguntou com pressa: "E como você o respondeu então?"

"Não se preocupe, Srta. Nagel. Eu não disse nada! Talvez o presidente já soubesse que você não me contaria essas coisas, então ele não me perguntou muito."

Ava suspirou quando se sentiu aliviada.

A curiosidade da Luella ficou ainda maior.

Ela pegou a mão da Ava e perguntou com a voz baixa: "Tô curiosa. Por que o presidente fez perguntas sobre um funcionário de baixo escalão assim do nada? Será que ele ouviu alguma coisa ou tá querendo te mandar embora porque acha que vocês dois não são uma boa combinação?"

Antes que a Ava conseguisse falar alguma coisa, Luella respondeu para si mesma: "Mas eu ouvi que o presidente e o vice-presidente já não se dão bem desde muito tempo atrás. Por que ele se importaria com quem o senhor Enrico tá namorando? Será que ele quer aproveitar essa chance pra expulsá-lo com a desculpa de que relações românticas são proibidas no local de trabalho?"

Bem, só restou para a Ava admirar a imaginação da Luella.

Antes mesmo que ela conseguisse se explicar, Luella já tinha imaginado várias explicações por si só.

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