Não vivo sem você romance Capítulo 145

Ava estava com muita vergonha.

O que ela mais temia era que os membros mais velhos quisessem que o Jean voltasse para a família Radbury. Se isso acontecesse, seria muito difícil para ela encontrar o Jean novamente.

No entanto, não tinha como ela se esconder mais deles, uma vez que eles já tinham se esbarrado.

Afinal, Jean ainda era o neto da família Radbury.

"Jean, ela é sua avó." Ava consolou o Jean lentamente enquanto o empurrava para a Karen.

"...Vovó", Jean entendeu que sua mãe poderia estar em dilema, então cumprimentou sua avó educadamente.

A atitude da Karen em relação à criança e era completamente diferente da atitude dela em relação à Ava. Ela segurou a mão do menino com um sorriso e perguntou-lhe: "Qual é o seu nome?"

"Meu nome é Jean Nagel."

"Esse não é um sobrenome muito bonito, né? Você é o neto da Família Radbury, então seria melhor se mudássemos seu sobrenome."

"Não! Esse é o nome que minha mamãe me deu, eu gosto dele!"

Jean se virou imediatamente para olhar para sua mãe, e então a Ava rapidamente o puxou para trás dela para protegê-lo.

Damien rapidamente interveio para amenizar a situação e disse para a Karen: "Jean ainda é jovem e pode não estar familiarizado com estranhos. Mãe, já tá bom por hoje, não?"

"Não tá familiarizado com estranhos? Eu sou a avó dele! Como ele é um de Família Radbury, ele deveria se sentir à vontade comigo! Por que não o deixa ficar na nossa casa por dois dias? Ele vai se familiarizar conosco rapidinho!"

"De jeito nenhum!" Ava disse, pois, quando ouviu aquilo, ela entrou em pânico de repente.

"Pelo visto, você tem o direto da objeção?" Karen a olhou com o canto do olho.

"Jean nunca ficou longe de mim. Ele não consegue..."

"Hmph, eu não acho que você consiga criar bem uma criança, veja como esse menininho é mimado! Se ele continuar nas suas mãos por mais dois anos, ele vai ser um caso perdido logo, logo!"

Ava segurou a mão do Jean com força. Em seguida, o Damien rapidamente interrompeu a Karen quando percebeu que ela ia arrancar a criança da Ava.

"Mãe, já que o Jean é meu filho, eu mesmo vou criá-lo. Você não precisa se preocupar com isso."

"Você é tão ocupado por causa do seu trabalho, como vai ter tempo pra isso? Além disso, como homem, você sequer sabe como cuidar de uma criança?"

"Sobre isso, você pode relaxar."

Os mordomos, as babás, os chefs e os tutores entraram com um aceno da mão do Damien.

Na verdade, ele já tinha preparado tudo com antecedência!

"Eu já preparei um quarto pra crianças e uma sala de jogos em casa. Se você levar a criança embora agora, terá desperdiçado todos os meus esforços", disse o Damien.

Karen não tinha mais nada a dizer depois de ver que ele estava atento até aos menores detalhes.

"E ela? O que você vai fazer com ela?" Ela apontou para a Ava.

Damien deu para a Ava um olhar intenso e, depois, sorriu: "Bem, vamos viver conjuntos como éramos antes. Você não pode continuar nos bisbilhotando até quando somos casados."

Karen viu que o Damien estava muito determinado, então ela só conseguiu permanecer em silêncio.

Quando a Ava sofreu o acidente pela primeira vez, há dois anos atrás, Karen viu com seus próprios olhos o abismo depressivo e destrutivo em que o Damien tinha se afundado.

Ela não conseguia entender por que o Damien se importava tanto com uma mulher como a Ava.

No entanto, ela sabia que devia manter seus pensamentos para si mesma depois de ver o afeto que o Damien tem por essa mulher.

Fazia tempo que ela não tinha visto mais o sorriso do Damien, mas a verdade é que ele sempre sorria quando estava com a Ava!

Ele já tinha planejado tudo aquilo desde o início e ele não daria nenhuma chance de ela recusar.

Karen definitivamente se meteria nos assuntos deles se ela deixasse a família Radbury com o Jean.

Ava estava sozinha e sem poder nenhum agora, então isso tudo só faria com que o Jean fosse tirado dela!

Se a Ava queria ficar com o Jean, ficar com a família Radbury era sua única escolha.

Nesse momento, o servo moveu a mala deles para o quarto. Ela devia ter levado a criança para o avião desde o início, mas ela não podia ir a nenhum lugar agora.

"Mamãe, você tá muito triste?" Jean aproveitou o fato de que não tinha ninguém perto dele e perguntou em voz baixa.

"Você tá feliz, Jean?"

"Mamãe, se você odeia esse lugar, eu também odeio", Jean respondeu seriamente.

Ela sorriu e acariciou suavemente a cabeça do filho: "Jean, embora você seja meu bebê, você também é um menino independente agora. Você pode fazer o que quiser sem pensar nos sentimentos da mamãe."

"Claro que tenho que pensar nos seus sentimentos! Porque a mamãe é a pessoa que eu mais amo nesse mundo todinho!"

Se os filhos eram o maior amor de uma mãe, Jean era o anjinho perfeito da Ava.

Ela olhou ao redor do quarto e sussurrou: "Não é que a mamãe não goste daqui, mas, não sei por que, me sinto chateada assim que entro nesse lugar."

Ela não se lembrava dessa casa, mas, mesmo assim, ela sentia uma sensação de familiaridade.

Talvez ela não tivesse boas lembranças de quando morava nesse lugar. Da cama ao sofá, e as cortinas... tudo a deixava triste.

No passado que ela não conseguia se lembrar, ela tinha passado todos os dias aqui, esperando ansiosamente para que alguém voltasse.

"Eu não mudei nada nesse quarto desde que você partiu. Sempre achei que seu retorno fosse só coisa da minha cabeça e não esperava que pudesse se tornar realidade", Damien apareceu na porta de repente.