Se a Ava conseguia ou não se lembrar do passado não importa. Mas a família Nagel precisava se desculpar por todas as queixas, humilhações e abusos que eles causaram a Jessica.
No entanto, apesar do pai da Ava estar disposto a pedir ajuda para a mãe dela, ele ainda não estava disposto a se desculpar pelo que ele fez no passado.
Keenan apontou para ela e, de tanta raiva que estava, até sua voz tremeu: "Ava, eu conhecia bem sobre você! Você sempre foi uma filha ingrata!"
"Então, você não quer pedir desculpas pra minha mãe, quer?"
"Por que eu tenho que me desculpar? Ava, você acha que agora que a Beth tá morta, a propriedade da família Nagel vai ser sua e da sua mãe no futuro?"
Os olhos do Keenan estavam cheios de raiva e não mostravam nenhum traço de remorso.
Assim sendo, Ava não pôde deixar de rir da sua própria estupidez.
Como ela pôde ser tão ingênua a ponto de ir lá e pedir uma explicação dele?
Aquele lugar estava cheio por uma sensação sombria da qual ela não gostou desde o primeiro segundo em que entrou. Isso já não era o bastante para provar que tinha algum problema ali?
Ela pensou consigo mesma que, se ela não tivesse perdido as memórias, ela nem estaria ali hoje.
O contrato de investimento que estava na bolsa dela permaneceu lá dentro. Verdade seja dita, ela tinha planejado mostrá-lo no começo.
"Minha mãe realmente tem dedo podre."
Depois de friamente cuspir essas palavras, ela se virou e foi embora.
De repente, Keenan bateu com as mãos na mesa e gritou com ela: "Ava! Por que você tá fingindo estar tão desapontada? Sua mãe não só gostou de mim por causa do meu dinheiro?"
Ela se manteve parada e respirou fundo. E, então, ela voltou para o escritório.
"Pai, te chamo dessa forma não porque realmente tenho uma relação de pai pra filha com você, mas porque minha mãe me disse que você é o meu pai. A essa altura, você nunca pensou em como acabamos desse jeito?"
No entanto, Keenan ainda estava com muita raiva: "Te digo mais, prefiro deixar a empresa sofrer prejuízos do que deixar você e sua mãe ficarem com um único centavo!"
Ava soltou um sorriso frio de escárnio.
Pelo visto, não tinha necessidade de entregar o contrato na bolsa.
Ela pegou o contrato e o rasgou em pedaços na frente do seu pai.
Os pedaços de papel rasgado voaram da sua mão para a dele, que a estendeu para pegar alguns pedaços.
'Grupo Radbury', 'Investimento', 'sem taxas'...
Algumas palavras dispersas formaram um significado completo. Keenan conectou os pontos na sua mente e, repentino, percebeu o que a Ava tinha rasgado!
"Você é uma maluca! Esse é um contrato de investimento do Grupo Radbury pra mim!"
Enquanto segurava aqueles pedaços de papel, ele ficou com sangue nos olhos.
Ava olhou para ele com indiferença enquanto ele segurava a pilha de papel rasgado e gritou com raiva. No entanto, não tinha alegria de vingança em seu coração.
Damien tinha dado o contrato para ela ontem, além de falar: "Se você quiser que eu ajude a família Nagel, consigo fazer isso facilmente. Mas isso é um assunto da sua família, então você que decide."
Ela refletiu sobre isso por uma noite inteira e sequer conseguiu dormir. No final, ela optou por entregar o documento para o pai dela.
Contudo, o resultado acabou sendo tão ridículo!
"Pai, você já me amou alguma vez? Meu nascimento, minha existência... já te fiz feliz por um segundo que seja?"
Todo o corpo do Keenan estava tremendo quando ele levantou a cabeça e olhou para ela. No entanto, ele não estava realmente olhando para ela, mas, sim, para um vazio distante.
De repente, ele começou a rir. Sua voz estava rouca, como a de um louco.
......
Depois disso, Ava nem se lembrava como conseguiu deixar a casa da família Nagel.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não vivo sem você
Estou no capítulo 141,mas não tem a continuação....
Li todo o romance, pois esta marcado como concluido, no emtanto a história nao tem fim....