Não vivo sem você romance Capítulo 185

A atitude rude da Camila deixou a Ava sem palavras.

"Senhorita Moore, você tá falando que vou machucar meu próprio pai?"

"Precisamos tomar cuidado com aqueles que têm a maior chance de se beneficiarem, não acha, Srta. Nagel?"

Ava ficou chocada.

Ela ficou surpresa ao ver que uma secretária insignificante como ela era tão leal a seu pai. No entanto, Ava era a CEO interino do Grupo Nagel e, ainda assim, Camila se atrevia a enfrentá-la.

Ava não queria discutir com a Camila e estava prestes a ir embora. Porém ela parou repentino quando pensou duas vezes.

Ela sentiu o cheiro de um perfume familiar.

Quando ela juntou suas memórias cuidadosamente, ela finalmente se lembrou: "Sim, esse era o perfume que estava no Damien naquele dia!"

Um aroma tão forte e doce vinha da Miss Moore!

"Foi você?"

"Como?" Camila estufou o peito.

E, então, Ava apenas olhou a Camila de cima para baixo por completo.

Camila não era a secretária mais bonita, nem a mais habilidosa, dentre as outras secretárias que trabalhavam para o Keenan. Originalmente, Ava não sabia sobre os funcionários do Grupo Nagel, então ela nunca pensou nessa possibilidade. Pelo visto, a Camila tinha tido um caso com o Keenan.

"Se bem me lembro, Srta. Moore, você acabou de se formar na faculdade há poucos anos, certo? Você é ainda mais jovem do que eu, não é?"

A secretária se sentiu um pouco culpada quando ouviu isso. Ela imediatamente endireitou as costas e disse: "Srta. Nagel, o que você tá querendo dizer com isso?"

Ava olhou para seu pai, que estava deitado na cama e zombou: "Meu pai tá na casa dos sessenta e, agora, ele tá quase incapacitado. Srta. Moore, você ainda tá planejando me contar que vocês dois estão profundamente apaixonados um pelo outro?"

"Seu..."

"Você tá por sua conta agora."

Ava deu um tapinha no ombro da Camila e foi embora.

Já que Ava tinha perdido as esperanças com relação ao seu pai há muito tempo, ela provavelmente não ficaria surpresam, nem levaria isso para o lado pessoal, não importa o que acontecesse.

......

Quando a Ava se tornou oficialmente a CEO interina do Grupo Nagel, só então ela percebeu que tinha se metido em uma grande confusão.

Ava não tinha nenhuma experiência em administração de empresa e não sabia nada sobre as coisas que rolavam em uma empresa. Felizmente, ela tinha o Damien, que era um grande CEO, do seu lado.

Atrás de três dias, o Grupo Nagel realizou a reunião oficial da diretoria. Aquela foi a primeira vez que a Ava organizou uma reunião formal tão grande. Para isso, ela ficou ocupada a noite toda.

Embora a Ava estivesse no escritório do pai, ela tinha pouco tempo para se lembrar do passado. Ela se jogou no trabalho desde manhã, porque tinha que ter certeza de que entenderia tudo antes da reunião.

Alguém bateu na porta e a Ava pensou que era uma assistente que tinha ido entregar café. Então, ela disse sem olhar para cima: "Entre."

A pessoa parou na frente da Ava, mas ela não tinha café nas mãos. Em vez disso, ela colocou as duas mãos sobre a mesa e disse descaradamente: "Nossa. A Srta. Nagel tá por cima agora."

Ava ouviu uma voz familiar e olhou para cima. E, então, ela viu que a Luella estava parada na sua frente, piscando para ela com um sorriso.

"Luella? O que você tá fazendo aqui?"

"Naquela época, entramos no Grupo Radbury juntas. Agora, você tá no Grupo Nagel, então, é claro, tenho que ficar do seu lado." Ava não conseguia parar de sorrir.

"Damien que te mandou vir aqui?"

Luella fez um gesto afirmativo com a cabeça.

Ava também não conseguia parar de sorrir.

Embora a Luella fosse uma garotinha recém-formada, ela tinha um ótimo currículo e capacidade para o trabalho. Se ela ficasse no Grupo Radbury, ela seria promovida mais cedo ou mais tarde. Provavelmente foi o Damien que a enviou para o lado da Ava para que ela pudesse ter alguém em quem confiasse por perto ou, pelo menos, a Ava não ficaria lutando sozinha no Grupo Nagel.

"Bem, nesse caso, vou nomeá-la com honra como a minha assistente pessoal!"

"Por você tá me agradecendo?" Damien ficou confuso.

"É óbvio que é porque foi você quem a mandou vir pro meu lado de propósito. Tô aliviada que ela esteja aqui pra me ajudar, se não, eu não teria muita auto-confiança aqui no Grupo Nagel."

Os olhos do Damien piscaram.

Damien não mandou a Luella para o Grupo Nagel. Em vez disso, ela se demitiu por vontade própria, pois queria trabalhar no Grupo Nagel. Ele não se opôs, pois não considerou errada a decisão.

Aquilo não era grande coisa. Damien apenas acenou com a cabeça e não contou para a Ava os detalhes.

"Como tá sua preparação pra reunião do conselho?" Ele continuou perguntando.

Ava se sentou ereta e contou tudo para ele como se fosse uma aluna respondendo à pergunta de um professor. Ela também alterou rapidamente o plano dela depois de ele propor algumas sugestões.

Nos últimos dias, quase todos os dias, ele ficava ensinando para ela todo tipo de conhecimento sobre negócios e gestão. Agora, o Damien era como um professor para a Ava, então ela se dirigia a ele como 'Professor Radbury'.

Damien não gostava nem um pouco desse tratamento de 'Prof. Radbury' que a Ava estava o dando. A testa dele se franziu todas as vezes quando a ouviu chamá-lo dessa forma.

Ava deu uma risadinha e disse: "Se eu não me dirigir a você como professor, como devo chamá-lo então?"

De repente, Damien se aproximou da tela do celular e disse baixinho: "Me chame de querido."

Ava ficou vermelha na mesma hora e mudou de assunto depressa. Ela queria voltar ao tópico principal, então ficou tagarelando sobre os negócios da empresa.

Entretanto, Damien não tinha a intenção de desistir: "Não pense que você vai conseguir escapar disso hoje. Se você não me chamar de querido, as coisas relacionadas ao Grupo Nagel não vão mais ser da minha conta."

"Qualquer coisa. Eu ainda consigo fazer isso sem você, tá bom?"

Ava desligou rapidamente o celular e virou a tela na direção da mesa. Contudo, seu coração estava acelerado.

No escritório do CEO do Grupo Radbury, Damien foi pego de surpresa quando a Ava desligou. Ele não conseguiu segurar a risada.

Ava era provavelmente a única pessoa no mundo que se atrevia a fazer isso com ele.