No entanto, o céu não parecia ouvir as orações dela.
O médico perguntou de forma inexpressiva: "Você é da família do paciente?"
"Sim, eu sou."
"Fizemos tudo o que podíamos e demos o nosso melhor. Infelizmente, o paciente já tinha parado de respirar quando chegou no hospital."
A notícia foi como um balde de água gelada caindo sobre ela. Ela sentiu como se estivesse na beira do penhasco, e abaixo dela tinha um abismo sem fim.
Ele parou de respirar...
Ava sentiu como se estivesse caindo de um penhasco. Ela conseguia ouvir o vento forte soprando enquanto tudo à sua frente ficava escuro.
Não importa o quanto ela tentasse, ela não conseguia segurar nada para salvar a própria vida.
Damien... tinha morrido?
Como isso era possível?
"Você tá mentindo pra mim! Você deve estar enganado!"
Ela empurrou o médico para o lado e viu um cadáver coberto com um pano branco sendo empurrado para fora da UTI.
Parecia que ela já tinha testemunhado essa cena antes.
Alguns meses atrás, ela viu a própria mãe pela última vez desse mesmo jeito no mesmo lugar.
Um cadáver frio e a frase 'demos o nosso melhor' do médico levaram duas das pessoas mais importantes da vida dela.
Ela caiu de joelhos imediatamente.
"Damien, Damien! Por favor, não me assuste..."
Ela avançou de joelhos e agarrou a maca com força, impedindo que a enfermeira a movesse mais.
Como ele podia morrer tão simples assim?
Ele era um homem tão corajoso. Para assustá-la, ele até acelerou na estrada nesse dia, e eles escaparam daquela maluquice em segurança. Como ele poderia morrer?
Ele prometeu passar o resto da vida com ela!
Contudo, naquele momento, ela só queria sair depressa sem o responder.
Ele devia ter ficado muito triste porque ela sequer atendeu as ligações dele!
Como ele poderia simplesmente morrer só porque ela o ignorou?
"Damien, seu mentiroso!" Ela cerrou os dentes.
"Quando foi que eu menti?"
Uma voz familiar soou atrás dela. Ela parou chorando e quase pensou que estava delirando!
Mesmo depois de bastante tempo, ela continuava sem coragem de se virar.
Até que alguns homens e mulheres de meia-idade saíram correndo da esquina do corredor do nada, e correram até ficarem do lado dela, gritando: "Pai! Pai, por que você morreu assim?"
Ava foi empurrada para o lado por esse grupo de pessoas. Ela cambaleou e quase caiu.
Duas mãos a seguraram pelas costas. Ela olhou para trás e viu um rosto familiar.
Era o Damien.
Ele ficou na frente dela. Ele estava completamente bem, sem nenhum ferimento, ou seja, ele não era um cadáver!
Ele ainda estava vivo!
"Você... tá bem..."
A garganta dela ficou rouca instantaneamente, e ela não conseguia nem pronunciar uma palavra sequer.
Damien estendeu a mão e enxugou as lágrimas do rosto da Ava. No próximo segundo, ele disse com um sorriso: "Como você pode falar que tô bem? Minhas mãos estão machucadas."
Ao ouvir isso, Ava viu que a mão direita do Damien estava enrolada com várias camadas de bandagens.
A verdade era que o ferimento mencionado pela Dempsey era apenas um ferimento no braço.
Essa pessoa que tinha sido levada para fora da UTI...
Ava se virou e viu que o corpo pelo qual ela tinha chorado estava cercado por outras pessoas.
Era o cadáver de um velho que morreu de hemorragia cerebral. Eram os filhos dele que estavam chorando.
Quando ouviu o choro incessante, ela se sentiu a pessoa mais sortuda da face da Terra.
Felizmente, não tinha sido ele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não vivo sem você
Estou no capítulo 141,mas não tem a continuação....
Li todo o romance, pois esta marcado como concluido, no emtanto a história nao tem fim....