No Alemão romance Capítulo 30

Elisa - Narrando

Estou quase lá, falta só alguns minutos pra rever meu irmão, faz muito tempo que não o vejo... Eu o amo mais que tudo na minha vida.

Vocês devem querer me conhecer, fui criada pelos meus avós, sou porra louca mesmo, nunca me apaixonei não mas tem umas novinhas que mexem com meu consciente, sim sou lésbica, meu irmão super me apoia e meus avós também. Então o que falam, eu não ligo. Tenho 18 anos, tenho faculdade nenhuma e nem pretendo ter, quero entrar pros corres com meu irmão e pronto.

Eu não pareço nada com meu irmão, só a cor dos cabelos e pronto, a gente é totalmente diferente mai pode pá que o sangue é o mermo po

Sou doida mermo, troco de cor de cabelo como troco de roupa desde meus 15, minha vó se via doida comigo mesmo, tenho algumas tatuagens, sou parada em tatuagem e piercing, eu tô mais p uma sapatão bem ativa ta ligado, passiva um carai. Quem tiver preconceito enfie no cu, porque toda forma de amor é válida, porra

Minha mãe nunca nem vi a desgraçada, mas sei que a rapariga não valia o prato que comia, meu irmão sofreu pakas e eu ta ligada nessas ideia aí, ele tem os motivos de ser frio, mas eu também sei que ele é um grandíssimo pau no cu, podem ficar tranquilos que eu vou orientar esse porra. Ah voltando p minha mãe, eu sou a cara dela, mas sabe o nojo que você tem quando se pergunta de alguém ? eu tenho dela, quem sempre me deu amor e carinho foi meus avós e p mim isso bastou, sei de tantas histórias desprezível que prefiro acreditar que aquela mulher está no inferno pagando por tudo que fez porque mãe nenhuma tentaria prostituir um filho, mãe nenhuma ficaria feliz de saber que vai ter uma menina pra fazer a filha de puta, mãe que é mãe cuida, protege e ama. Se dependesse daquela mulher eu não teria exemplo nenhuma de mãe, minha sorte sempre foi minha vó e eu a amo demais, lembro do dia em que contei a ela que era lésbica

Flashback ON

Dois anos atrás...

Eu tinha acabado de dar um beijo na minha melhor amiga, e aquilo pra mim foi maravilhoso, não se comparava nunca com o beijo do Erik que era meu namorado, aquele beijo mudou minha concepção p tantas coisas, eu me negava, pois eu sempre senti vontade de ficar com menina, eu percebi que amava minha amiga mas do jeito correto aos olhos da sociedade brasileira, e foi naquele exato momento em que abri meus olhos que eu percebi que eu não devia nada a sociedade nenhuma, eu tinha que ser feliz pois como eu já falei toda forma de amor é válida, amor é amor e pronto, independente do gênero da outra pessoa.

Eu fui falar com minha avó assim que terminei com Erik.

- Vó preciso conversar com a senhora - falo na sala enquanto ela estava na cozinha

- Diga minha menina - vejo ela vindo enxugando as mãos

- Eu não sei como lhe contar, promete não me julgar ? - pergunto com medo

- meu amor eu sou sua vó, independente de tudo eu vou sempre lhe apoiar, tá grávida? a gente cuida. - ela fala com uma voz doce

- Tô grávida não - ela solta um suspiro de alivio

- Menos mal, porque eu e seu avô estamos ficando velho pra correr atrás de criança - fala em tom de brincadeira

- Eu sou lésbica - falei de uma vez só e vi minha vó me olhando

- Porra Elisa, pensei que era algo mais difícil. Agora você tem certeza disso ? - pergunta me fitando

- Tenho vó - ela sorri gentilmente

- Então meu amor você vai ter que ser forte, eu não vou momento nenhum lhe julgar porque você tem todo o direito do mundo de amar, ame mesmo e quero que você seja muito feliz, mas também devo lhe alertar que o mundo não é bom, você vai conhecer uma parte do mundo preconceituosa ao qual você vai ter que saber lidar, eles são mente fechada e pior ainda são infelizes. Então meu amor, seja muito forte e o que precisar eu vou tá aqui pra ligar pro teu irmão e ele meter bala nos filhos da puta. - fala e sinto uma lágrima solitária pelo rosto

- Eu te amo vovó - dei um abraço nela

- Também te amo, minha menina - falou retribuindo o abraço

- Também quero um abraço - falou meu avô chegando perto da gente sorrindo

E aquilo era a minha família

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