No Morro romance Capítulo 34

Guilherme/Lobão - Narrando

Hoje eu tinha tirado o dia para sair com a mandada lá, a bicha é chata quando quer os bagulho, ela ficou puta porque faz umas duas semanas que eu adiava os bagulho, nós ia num shopping pequeno daqui porque tinha menos tira e era mais fácil para eu não ser pego.

- Acorda ai porra - falo e dou um chute nela que cai da cama

- Ei porra, tu tem que me acordar com beijinho filho da puta - fala puta não, se amostra

- tô te chamando a mó cota pô - mentira do carai

- mermo assim, custa ser carinhoso - falou e lançou um bicão

- Bom dia bandida - falei e dei um beijo nela

- Bom dia pau no cu - falou

- Só amor e carinho - falei e me levantei para tomar banho - Bora ? - chamei e ela logo se levantou

Safadona demais véi, essa preta acaba com meu juízo na moral, minha perdição é ela, não chega nem perto do que eu tinha com Marcela, sei que não é legal comparar mas tá ligado quando tu acha que sabe o que é o amor e uma pessoa chega e te mostra na moral o que é e você pensa porra aquele bagulho lá não chegava nem perto, então com a Marcela era mais um bagulho que parecia mais errado do que certo, com Ísis parece que o bagulho é todo certinho, que o bagulho era pra ser tá ligado e eu gosto pá porra desse bagulho

- Coé cuzona, vai demorar mais ? - falei vendo Ísis arrumando o cabelo e passando uns bagulho na cara - nega, com tua feiura só nascendo de novo, papo reto

- se fuder já foi? - falou

- vou com as negas ali

- vai que eu vou com o Matheus - ela falou e eu fiquei puto - O corno ficou puto foi? - falou zoando com minha cara e eu meti um bicão na hora

Não sei porque brinco com essa vagabunda, ela sempre entra na minha mente bonito e olha que eu sou tranquilo mas ela me deixa neuroticão, na moral. Fico doidão só de pensar que tem outro, morro de medo de perder a maluca aí.

- Ei fica tranquilo, meus outros machos não chegam aos seus pés - falou me dando um selinho

- Deixa de onda, Maria Ísis- falei serinho e ela riu debochada, filha da puta

- né bom quando a brincadeira volta pá tu né nego- revirei os olhos

- nem enche porra, vamos logo - falei e peguei a chave do carro

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A gente tá nessa loja a mó cota, alguma coisa 21 e isso é nome de loja porra, não entendo essa guria não tem uma loja de roupa e comprar roupa na concorrência é para se fuder né não?

Nessa loja ai comprei só uma camisas que tava da hora mermo, mas gosto mesmo é daquela com dois n, num vou mentir as camisas são da hora, a gente foi pro caixa e juro que pensei que a mandada ia levar a loja toda para casa.

- Crédito ou débito? - a mulher lá perguntou

- dinheiro - falei e dei as notas para ela e fiquei esperando meu troco

- Aqui a notinha - ela deu a Ísis e eu esperando meu troco

- bora fia desenrola meus 50 centavos - a mulher olhou para minha cara e eu serinho - se eu chegasse aqui com menos 50 centavos tu não ia deixar eu levar os bagulho

- Bora Guilherme - Ísis me puxa com as coisas na mão - fazendo questão por 50 centavos, te orienta

- Era um picolé na tia lá, carai - falei e peguei as sacolas e dei a mão a ela

Andamos por mais 100 lojas, na moral nunca mais saio com essa mulher não, puta que pariu eu comprei uns bagulho massa para mim. Ela me obrigou a tirar foto e eu postei.

- vamos pro cinema? - falou fazendo cara de menina santa

- chega fica pianinho quando quer as coisas, vagabunda - falo tirando onda com a cara dela

Filme merda do carai, não acredito que deixei essa mina me convencer a essa merda, mas tranquilo ela gostou é o que importa né véi

A gente já tinha entrado em todas as lojas quando ela passou na frente de uma livraria e parou, pronto a bicha nem ler e parou porque? num entendo não

- o último livro daquele bagulho de seleção - falou e a mulher assentiu

- Para quê? tu nem gosta de ler pô - falei lembrando de como ela nem lia a palavra toda porque ia tentando adivinhar as coisas

- mês que vem é o aniversário da Sol e ela não tem o último ainda - falou e eu tinha esquecido dessas fitas aí

- eita, arruma um presente para mim ai - falei sou péssimo com esse bagulho

- vou pensar no teu caso ai, na moral

- chata pá porra - falei e ela riu

Ela comprou o bagulho lá e fomos pro estacionamento do shopping, guardei os negócios na mala e fomos para casa, ela ligou o som e começou a cantarola a música lá

Na moral, essa mina veio pra fuder minha mente, né possível não porra.

- Vai ter resenha ? - perguntou

- acho que sim, os moleques devem se juntar para tocar um pagode e beber umas brejas - falei e ela assentiu

- vai querer colar ? - e ela assentiu

Chegamos no morro era umas 16 e pouca, deixei ela em casa e tinha que ir na boca.

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