Resumo de Capítulo 56 – Capítulo essencial de No Morro por desconhecids
O capítulo Capítulo 56 é um dos momentos mais intensos da obra No Morro, escrita por desconhecids. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Maria Ísis - Narrando
Estou dentro de um carro com Lucas, indo pra delegacia, onde provavelmente vou me estressar e eu tô rezando pra que esteja errada porque tô cansada de quão movimentada foi minha manhã.
- Eu já fui ver ele - Lucas falou e eu desviei o olhar para ele - Ele tá bem, disse que tem influência da porra e que eu devia fazer meus corres
- ele fez direito por alguns anos - falei
- sério? ele trocou uma faculdade de direito pelo tráfico? - me perguntou surpreso
- ele quis entrar pela mãe dele, eu penso que ou ele assumia ou a mãe ficava pro resto da vida - falei e Lucas assentiu
Depois de um tempo chegamos no presídio, fazer o que né escolhi e agora tô aqui
Passei pela revista, pegaram minhas coisas e logo fui para um pátio onde tinha algumas outras mulheres, algumas mais velhas e outras mais novas que eu, alguns idosos e sentei apenas aguardando, logo vi ele no meio dos outros presos, lindo como sempre e com seu sorriso malandro
- Oi minha rainha ou posso dizer dama do tráfico- falou rindo
- eu sou perfeita, sabe- falei e ele sentou perto de mim alisando minha barriga que logo deu um chute
- isso ai, é o papai aqui, cuida da tua mãe e não deixa nenhum pau no cu se chegar não, mete chute meu menor - falou e eu ri
- como tu tá?
- tô bem, eu tenho poder em todo o lugar, mas falou com o Coringa? - perguntou e eu assenti
- ele disse que vai resolver, entrar em contato, tu deve saber essas fita - falei
- fica com aquele outro celular visse - falou e eu apenas assenti - vou sair daqui logo nega, tu vai ver - falou como se fosse uma promessa
- eu sei que vai, e eu vou me encarregar disso - falei
A gente conversou por quase uma hora quando o policial disse que já tava na hora, dei um beijo nele e ele logo se perdeu no meio dos presos, uma lágrima escorreu mas logo sequei
- vamos ? - falei vendo o Lucas dentro do carro
- pronto, agora eu vou fazer meu trabalho - falou ligando o carro
- ótimo
Chegamos no morro era quase 17:00, tava cansadona maa pedi para ele me deixar na boca, sou forte e voi conseguir
- cheguei - falei entrando
passei pelos meninos e nada de cheiro de fumaça, graças a deus, eu nem sei se só cigarro faz mal pra criança, sei lá, mas acho que sim.
- patroa, jão chegou - falou e me lembro da única vez que vi aquele homem, fazia muito tempo
- tô indo - falei fechando umas pastas
Levantei da cadeira, botei minha arma na cintura e logo vi barata e o preto no meu encalço, com fuzil atravessado nas costas e glock na cintura.
- que vista maravilhosa - falou e eu fechei a cara na hora
- tu quer o que ? - perguntei
- vim fazer compras, princesa - falou rindo - trato com você agora não é?
- desenrola, tenho o dia todo não- falei e ele olhou para minha barriga
- que descuidado do Lobão deixar a mulher com a cria no meio de fogo cruzado - falou
- eu me garanto, vai comprar ou ficar falando merda?
- Espingarda mosseber 938, Cal 12, quero umas 5, Rifle smith e wesson mp15-22, Cal 22, quero 4 e pistola taurus 938, quero 5 - falou
- 129.860,00 - o menor que faz as contas falou e me entregou o papel com as contas
- Tudo certo ? - falei entregando o papel para ele que assentiu - Leão desenrola as armas com esse menor ai
- pra já patroa - falou saindo da salinha
- e tu conta o dinheiro - falei pro gato que assentiu
Ignorei o jão enquanto ele tentava puxar assunto, sei que não pode dar confiança pra ninguém não, meu deus que saudade dava das minhas lojinhas eram mais fáceis e seguras de tocar, mas tudo bem.
- nem precisava, vocês cuidam de tudo mesmo de longe - falou
Eu e a Sol continuamos com os fornecedores, folhas de pagamentos, lucros e planilhas, só não podemos fazer isso lá, por conta de motivos óbvios de minha parte e pela Maitê que a Sol não larga de jeito nenhum.
- Na barra tá tudo certo ? - perguntei pra Sol que era quem estava sempre em contato com o Júlio
- Ele disse que a venda de biquínis aumentaram muito e eu já fiz um novo pedido da coleção da tua vó que tá chique todo - falou e eu apenas assenti
- ótimo que tá indo tudo bem - falei e logo escutei um grito do rafael
- a quenga pequena tá puxando meu cabelo - a cena tava muito engraçada e começamos a rir - não ri, tirem ela - falou e Sol pegou a Maitê
- tu que aperreou ela, porque ela não faz essas coisas - assim que ela termina de falar, Maitê puxa o dela - sua filha de rapariga, solte meu cabelo - falou tentando tirar as mãozinhas dela do seu cabelo
- Essa ai vai ser virada parceiro - falei e ri junto com Gabi
- tu tinha alguma duvida ? olha de quem a menina é filha - Gabi falou
Eu amava essa bagunça, essas pessoas, eram tudo para mim, mas pra mim mesmo com todo esse riso me faltava uma pessoa essencial na minha vida, eu posso e sei viver sem ele mas eu não quero e tô morrendo de saudade do seu carinho e das suas brincadeiras.
Passamos um tempo brincando e tomando açaí que as meninas pediram, eu tava muito cansada já quando elas foram embora.
- Amanhã de que horas ? - Rafa perguntou
- 8 horas da manhã- falei subindo as escadas - E Leozin vai também, precisamos ensinar todos esses moleques a atirar - falei
- Mas ele sabe - falou
- sabe quase nada, porque tem uma péssima pontaria - falei e ele riu
- concordo
Subi pro meu quarto, tomei um banho e me joguei na cama, tava cansada demais...
Mexi na minha galeria e vi uma foto que tinha tirado com o Guilherme quando fomos no hospital, pela segunda vez ver o bebê.
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