No Morro romance Capítulo 63

Maria Ísis - Narrando

Esses meses passaram voando nega, e minha barriga tá grandona na moral, eu tô tão pesada que se me empurrarem eu desço essa ladeira do morro descendo, barriga da porra, a parti de hoje não saio mais dessa cama, Igor e Mari vão cuidar das coisas pra mim e coringa vai ver as coisas do comando, precisava descansar agora e nada de estresse e muito menos esforço.

Tô mexendo no meu celular enquanto espero Rafael trazer minha comida, já que ele não deixou eu descer as escadas apenas na hora do almoço, e já tô mudando algumas coisas pro quarto lá embaixo pra não subir essas escadas por um tempo, pelo menos nos primeiros meses.

Graças a deus que minha vó tava vindo, não queria ficar só, eu sei cuidar de bebê mas não muito novo porque é molinho, sei lá...

Logo vejo a porta do quarto abrindo, graças a deus, tava morrendo de fome.

- demorou hoje né príncipe - falei bloqueando o celular

- desculpa pô, tava na cadeia vagabunda- olhei pra o homem parado na minha frente e meu deus, puta saudade

- eu não posso me levantar, tô muito pesada - falei com algumas lágrimas nos meus olhos e ele chegou perto de mim

- tava morrendo de saudade minha morena - falou me dando um beijo e que saudade eu tava daquele beijo mas o cheiro dele tava me dando agonia

- vai tomar banho agora, enquanto eu vou comer - falei

- porra, mal cheguei e tu já quer ficar longe de mim - falou com a voz magoada

- não, teu filho não tá gostando do cheiro - falei e ele assentiu

- porra moleque, mal cheguei e tu já tá de treta pro meu lado - falou e eu ri

Comi minha comida toda e tomei minha vitamina, tava com uma puta fome esses últimos dias mas pelo menos os desejos estranhos já tinham sumido, mas eu ainda usava isso para ganhar as coisas de graça.

- Ei nega, trouxe presente - o coringa entra no quarto e Guilherme saiu do banheiro - meu parceiro, não sabia que os moleques já tinham chegado - falou fazendo um toque com Guilherme e coringa aparentava tá felizão

- deu tudo certo, na moral valeu pela moral - Gui falou e coringa assentiu

- vou deixar vocês conversarem, mais tarde chego pro almoço, mas tá aqui o presente - falou me dando uma sacola enorme

- valeu nego - falei e ele me deu um beijo na cabeça, abri e vi as bolsas que eu queria mas não tinha achado - obrigada, sério mesmo

- tá certo pô, tá ligado que o moleque é meu sobrinho também- falou e saiu do quarto

- vocês são amigos agora ? - Guilherme perguntou deitando do meu lado

- sim, ele é um dos melhores amigos, chegou quando ei tava no mó k.o e me ajudou muito- falei e ele assentiu

- meu celular? - perguntou

- peguei na delegacia, tá dentro da gaveta - falei e ele pegou

- tu respondeu minhas mensagens?

- claro, essas nega é burra né geral sabia que tu tinha sido preso pô como tu ia tá com essa porra de celular ? - falei e ele apenas riu e me abraçou

- tava com uma puta saudade de tu, serião - falou e eu apenas me confortei no seu abraço - pode nascer em qualquer hora né?

- Sim, tô esperando as contrações só pra ir pra maré, Índio já arrumou as coisas lá pra mim com Malu

- eles tiveram a pirralha né? - perguntou e eu assenti

- tá com 1 ano e pouco já, o nome dela é Helena - falei

Ela era linda parecia uma princesa, mas Índio trata ela feito uma, é fofo o jeito que ele trata ela.

- eles vão vir hoje?

- eu falei com a Malu, não sei se vão conseguir vim

- vou passar na boca - falou e eu encarei ele

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