No Morro romance Capítulo 9

Maria Isis - NARRANDO

PUTA DA VIDA, é isso que eu tô, ele pensou que era quem pra jogar dinheiro para mim? se eu tava ali a única coisa que eu queria era orgasmos, nada mais que isso, nunca vi alguém ter uma habilidade tão grande de fazer merda, vai se fuder. A única pessoa que me segurou nesse morro foi a Sol, e o carnaval, porque eu amo um bloquinho

- Bom dia meu amor

- Acordou a princesa - Sol falou ainda mexendo no celular

- que horas são?

- é 9 horas ainda

- aff, vamos ? - pergunto a ela

- pra onde ?

- Na loja, buscar nossa fantasia e Júlio quer falar algo com a gente

- vou pegar minha sandália e bolsa, a gente come alguma coisa no shopping

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Chegamos na loja e tava em pé, então ele não acabou com nossa loja, já estava mais tranquila

- Bom dia, cadê o Júlio? - pergunto ao Fabrício que tava no caixa

- Tá lá em cima, esperando vocês duas

- Cadê Sther ? - Sol pergunta

- Vocês tem que subir - ele fala e já sei que vem merda

Entramos na sala e Júlio tava sentado e bem na sua frente Sther com uma cara super debochada e uma quantia de dinheiro em cima da mesa, uma bela quantia na verdade.

- O que aconteceu? - sol pergunta

- acho que tá um pouco óbvio não? - falo a sol

- tinha esperanças de que não estivesse

- peguei ela roubando o dinheiro de manhã cedo, pois os meninos se atrasaram hoje e eu tinha que fazer o balanço de ontem, subi e deixei ela lá embaixo, sabe aquela câmera do caixa que você botou escondida ? eu liguei ela por que ouvi um barulho de algo caindo e sou cagão para ladrão, ai vi a bonita metendo a mão no caixa, não posso demitir, mas vocês...

- tem alguma dúvida de que ela vai pro olho da rua ? - pergunto a sol

- por mim, eu dava até uma surra nessa cadela, eu te dei emprego pq tu não tava conseguindo sustentar teu filho e tu me apronta uma dessas - fala pra Sther - pq tu ia roubar a gente ?

- Precisava de dinheiro e vocês duas tem muito e nos pagam uma miséria, se for pra ser escravizada, eu prefiro ficar na rua

- uma miséria ? a gente dá mais que muitas lojas pensando na família de vocês - falo revoltada

- mas eu tenho necessidades - falou

- então arrume outro emprego que lhe der tanto dinheiro para suas necessidades. E outra, nada de pagamento pra você, ou eu chamo a polícia.

Ela sai batendo porta e eu fico pasma, Sther chegou até a Sol com um filho e quase sendo expulsa do apartamento que morava, nem faculdade tinha, a gente deu de tudo a ela, emprego, plano de saúde pro pequeno, fizemos de tudo que podíamos pra ela nos roubar, se precisasse era só falar conosco nunca negamos ajuda a ninguém

- vamos precisar de uma vendedora - sol falou

- Caixa não? - Júlio perguntou

- Fabrício vai ficar no caixa, ele tá com problema no joelho, e ele é de confiança

- Eu vou procurar uma vendedora e mando ela vim aqui o mais rápido possível - falo

- tem alguma ideia? - Sol

- ainda não, mas vou ter.

Conversamos algumas besteiras com Júlio, pegamos nossa fantasia e fomos comer no BK, era 11 horas quando voltamos pro morro, pois Solange tinha inventado um almoço na casa do filho da mãe.

- Tu me paga por isso - falo enquanto dirijo pro morro

- Ele não vai fazer nada, tia Nanda não vai deixar, nem eu, pode ficar tranquila

- tenho medo dele não, ele que devia ter medo de mim

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