Noite Inesperada romance Capítulo 37

No minuto em que Carlos voltou para casa, Jules contou tudo sobre o incidente da tarde, transformando a história para favorecer o lado dela e de Freya. Ele franziu as sobrancelhas ao ouvi-la falar.

Ele sabia o que Jules e Freya faziam. Contanto que elas não passassem do limite, ele faria vista grossa. Desta vez, Freya foi ao longe demais.

Além disso, Freya não era filha biológica dele. Se a notícia de que ele a tratava mal se espalhasse, ele seria criticado por não ter sido generoso com a enteada.

"Já que papai tomou uma decisão, ele deve ter suas próprias considerações. Não se preocupe muito com isso", ele disse.

"Não se preocupe? Como posso não me preocupar? Carlos, quando você se casou comigo, você jurou por Deus que trataria Freya como sua própria filha. Agora ela cometeu um errinho e a família Granger a tratou assim. Você está tentando nos tirar da família... Você não tem coração!"

Jules chorou e chorou, descrevendo Carlos como se ele fosse um homem malvado que traiu a esposa. Ele ficou amargo diante daquilo.

Ele se casou com Jules porque estava verdadeiramente atraído por ela. Ao vê-la nesse estado, sentiu a cabeça doer e se perguntou como decidiu se casar com uma mulher tão irritante.

"Tudo bem, pare de chorar. Vou falar com o papai."

Quando Carlos prometeu aquilo, Jules fingiu enxugar as lágrimas e deu um sorriso.

Ainda não havia escurecido quando Carlos se preparava para defender Freya, apenas para descobrir que Owen já a havia trazido para fora. Ela tremia sem parar.

"Pai, mãe, estou com tanto frio..."

Jules segurou as mãos trêmulas de Freya, com o coração apertado por ver a filha assim.

Santiago riu. Não importava o quão severo seu avô fosse, ele sabia quando parar com as punições. Claro que ele não colocaria a vida de Freya em risco.

Ele se divertiu, pois Aurora não gostou de Freya no primeiro momento e ficou preocupada com ela logo depois. Ele perguntou: "Por que você se sente culpada por ela?"

Ela mordeu o lábio e disse: "Não sei como devo dizer... Ela me maltratou e definitivamente merecia ser punida. Mas eu não queria que ela morresse..."

"Vovô sabe quando parar. Você tem mesmo momentos de generosidade e culpa. Estou surpreso." Ele disse, sorrindo.

Ela olhou para ele e reclamou: "Ei, o que você quer dizer com isso? Acha que sou malvada, então?!"