Uma hora depois, eu estava terminando de fechar a porta do quarto para sair quando o meu telefone vibrou em minha bolsa. Outra mensagem de Dante.
"Te vejo às dezoito, Bella mia."
Eu sorri com a sua mensagem, mas decidi acabar com o flerte por aí. Eu precisava ao menos tentar me controlar. Eu desci ruas abaixo, indo em direção ao centro da cidade. Caminhar sempre me fazia muito bem. Enquanto caminhava e admirava a paisagem, eu pensava no que faria a seguir. Tínhamos um jantar na casa de sua prima, decidi comprar alguns presentes para agradecer a hospitalidade. Dante queria que eu gastasse dinheiro e eu gastaria com o que realmente precisava. Eu entrei em diversas lojas pensando no que comprar. Encontrei um ursinho fofo, colorido e interativo, exatamente o que o bebê da Liah precisava.
Andei um pouco mais e entrei em uma Enoteca, com a ajuda do vendedor escolhi um bom vinho. Afinal, eu li que é uma tradição do país levar uma garrafa de vinho ou algum digestivo quando se é convidado para a casa de alguém. Eu estava me esforçando com o italiano e a ajuda de um tradutor do telefone, obviamente. Faltava encontrar algo para Liah, um arranjo de flores poderia ser o suficiente, já que eu não conhecia bem os seus gostos.
Mas um arranjo de flores se tornaria complicado de levar para o hotel e ainda faltava duas horas para o jantar. E eu também não sabia o endereço para mandar entregarem. Eu decidi me sentar para beber algo em um pequeno bistrô. Depois que fiz o meu pedido, eu decidi ligar para o meu irmão. Depois de falar com a diretora, que me encheu de elogios sobre o meu pequeno. A minha ligação foi transferida para o seu quarto.
— Alô, Karen?
— Oi, meu amor, me bateu uma saudade de você.
Ele deu uma risadinha.
— Você está trabalhando?
Eu me sentia mal em mentir, mas era necessário. Ele era pequeno demais para entender o que nem eu mesmo entendia. Então, uma meia verdade seria o suficiente.
— Gabriel, eu estou na Itália, na cidade de Portofino, lembra? Estou trabalhando para um empresário do ramo de destilados. Já comprei muitos presentes para você assim que eu voltar para a casa, vou te visitar. E teremos uma conversa. Tudo ficará bem, muito em breve.
— Uau! Eu gosto de presentes, mas ficarei mais feliz em te abraçar e não ficar longe nunca mais.
O meu coração doeu e as lágrimas desceram. Eu tentei me acalmar e criei coragem para falar.
— Eu também não vejo a hora. Falta pouco para eu terminar a faculdade. Estou ganhando bem e logo poderemos alugar um lugar decente para vivermos. E ano que vem poderemos viver juntos, encontraremos uma escola semi integral. Vou conseguir um trabalho para ganhar mais e terei mais tempo para passearmos. Viajaremos juntos. E quem sabe um dia passearemos por aqui. Tenha paciência.
— Eu acredito em você, Karen. Mas não fique triste, eu escuto seus soluços. Eu tenho muitos amigos aqui e as tias são bem legais comigo. Elas cuidam de mim, brincam muito com a gente. Eu só sinto saudades.
— Eu também sinto muitas saudades, meu amor. Não se preocupe, logo estaremos juntos.
— Está bom, irmãzinha. Eu te amo muito. Mas agora eu tenho futebol com meus amigos.
Eu enxuguei as lágrimas e entre elas, sorri enquanto falava.
— Está bem, querido, vai brincar e faz um gol para mim. Eu te ligo daqui uns dias. Te amo, beijo.
Ele desligou e eu fiquei parada, olhando tudo à minha volta, tentando encontrar o meu eixo. Eu voltei a minha atenção para o meu problema daquela tarde, as flores para Liah. Talvez eu devesse ligar para o Dante, perguntar o endereço, mas ele poderia estar ocupado, uma mensagem, talvez?
Eu pensei um pouco mais e decidi outra coisa. Caminhei um pouco e encontrei uma floricultura. Eu falei com a proprietária e ela muito gentil, explicou que ficavam abertos até às oito da noite. Então seria perfeito. Escolhi um arranjo e marquei de passar para pegar a noite. Eu agradeci e caminhei para a rua.
Dei mais alguns passos e avistei uma agência de turismo. Uma ideia me passou pela cabeça, então eu entrei, expliquei para a vendedora que precisava de um bônus de passeio. Algo que fosse relaxante, um passeio que se pudesse admirar a vista da cidade. Ela perguntou o nome da pessoa e eu falei que era para o meu noivo. Ela sorriu e continuou a falar sem parar. O problema é que ela falava metade em italiano e outra em dialeto da região. Eu quase não entendia. Ela digitou rapidamente, logo me falou o valor a ser pago. Ela me garantiu que era um passeio que todos adoravam fazer, que a vista era linda. Ela me deu um pedaço de papel com todos os horários para o passeio. Eu olhei o relógio e percebi que já tinham se passado das cinco da tarde. Eu paguei, agradeci e sai para a rua.
Quando eu cheguei no bar, fiquei calma. Ele ainda não tinha chegado. Eu fui até o balcão do bar, pedi uma água com limão para o garçom enquanto eu me sentava. Nada de álcool por enquanto. Pensei comigo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Noiva por Contrato - Bella Mia
Tenho completo. Me chama no WhatsApp 85 99901-9562...
Tenho completo. Me chama no WhatsApp 85 99901-9562...
Quando irá liberar os outros capítulos?...
Quero mais capítulos por favor...
Como faço pra ter os outros capitulos ?...
Libere os outros capítulos por favor...
O livro é excelente....