Noiva por Contrato - Bella Mia romance Capítulo 15

Quando se afastou, ele calmamente disse.

— Obrigado pelo convite, mas estamos indo jantar em outro lugar. Tenham um boa noite. Vamos, amor.

Ele sorriu e passou o seu olhar devasso pelo meu corpo. Ele alisou as minhas coxas antes de pegar em minha cintura e me apertar nele enquanto eu descia para o chão. Ele beijou o meu rosto e segurou a minha mão. Desejamos boa noite para o casal e começamos a sair. Vivian estava vermelha de raiva, e nem tentava disfarçar. Mal entramos para o corredor que levaria ao quarto, e ele me perguntou.

— Como foi o seu dia? Ou melhor dizendo, a sua tarde, visto que dormimos quase a manhã toda.

A mão dele cobria a minha e apertava gentilmente. Eu tentei lembrar a mim mesma que ele estava apenas sendo gentil. E que ele tinha acabado de me usar para fazer ciúmes na mulher que ele pretendia se casar.

— Tudo bem, fiz algumas compras...

— Eu fico feliz que finalmente aceitou se divertir fazendo compras. Mas estou curioso para saber o que você comprou para me mostrar no quarto.

Ele se aproximou por trás e colou seu corpo no meu, enquanto eu lutava para fazer funcionar o cartão para abrir a porta. Ele gentilmente o pegou de minhas mãos e abriu.

Entramos, e logo o nervosismo, me subiu a garganta: e se ele não gostasse do que eu tinha feito? Afinal, eu não era a sua noiva de verdade. Eu me virei para ele, que estava parado do lado da mesa, onde estavam as sacolas com os presentes.

— Você disse que eu poderia comprar o que eu quisesse, talvez eu tenha exagerado...

— Eu te dei um cartão sem limites exatamente para isto.

— Por falar nisto, aqui está. — Eu tirei o dinheiro e o cartão da minha bolsa, e ele estreitou o olhar.

— Guarde! Me mostre o que comprou!

Eu então abri com cuidado os pacotes mostrando primeiramente o ursinho para o filho da Liah e o vinho para o marido dela, investidor na empresa de Dante.

Ele me olhou como se seu fosse de outro mundo. Não conseguia decifrar se ele estava com raiva ou frustrado.

— Você comprou somente isto?

Sua pergunta me pegou despreparada.

— Eu deveria ter comprado mais? Na verdade, eu encomendei flores para a Liah... Deveremos pegar a caminho...

— Karen, não me entenda mal. Seu gesto foi lindo, eu apreciei imensamente. Mas eu queria que você gastasse com você. — Ele se aproximou e alisou as minhas mãos, enquanto nossos olhares se encontraram. E ele continuou. — Se eu te dei um cartão sem limites é para que gaste. Me diz que você comprou algo para você, além do que comprou para a minha família.

Eu reuni a coragem e peguei um envelope entregando para ele. Eu tinha escrito um pequeno bilhete e agora estava pensando se ele o entenderia ou não. Mas já era tarde e ele estava olhando o bônus do passeio e lendo o cartão que escrevi em voz alta.

Você merece sorrir muito mais do que o faz. Então, relaxe! Espero que se divirta com o passeio. Karen.

Ele sorriu amplamente e me puxou para ele. Por um momento, fiquei tensa, ele se abaixou e beijou a minha bochecha.

— Você sabe que este bônus é para dois? Vamos nos divertir, pode ter certeza de que eu vou sorrir muito.

Eu fiquei sem jeito. Eu queria um passeio para ele, não para nós dois. Obviamente, a ideia de passear com ele pela cidade me deixava excitada, mas também assustada.

— Me desculpe, acho que me atrapalhei na hora de comprar. A vendedora falava muito rápido e setenta por cento era em dialeto. Eu realmente sinto muito...

Ele apertou o controle, as luzes de um Tesla preto se acenderam. Ele colocou as coisas no porta-malas e abriu a porta para mim. O interior do carro era luxuoso assim como seu exterior.

Ele falou, enquanto o seu olhar se mantinha na estrada. Como ele sabia? Eu podia ter pagado tudo com o cartão, já que não toquei no dinheiro. E ao querer devolver ele com certeza observou isto.

O silêncio voltou para o carro, ele ligou o som e a música Kiss Me, do Ed Sheeran, começou a tocar. O clima entre nós parecia ainda mais tenso. Ele me olhou de soslaio algumas vezes. Eu tentava olhar para fora da janela admirando noite que começava a surgir no horizonte. Mas a letra da música me deixava emocionalmente abalada. Obviamente, ele não colocou de propósito para mim, foi apenas uma cruel coincidência. Cruel, pois se isto tudo fosse real, seria um conto de fadas, mas nossa história na realidade era uma farsa.

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