Noiva por Contrato - Bella Mia romance Capítulo 20

O meu coração acelerou, olhei os casais em nossa frente, quase todos de mãos dadas. Eu olhei para o Dante que sorria provocadoramente.

— Eu imaginei mesmo que você não tinha a mínima noção que este era um passeio bem sugestivo e romântico. Mas confesso que ele veio no momento certo, Bella mia.

Ele se aproximou ainda mais e beijou meu ombro.

— Eu. ...Eu não fiz de propósito, juro, eu. Ai, que vergonha. Eu pedi algo relaxante. A mulher da agência falava tanto e em dialeto. Eu me confundi...

— Bella mia, não estou reclamando. Eu adorei a ideia, existe apenas um problema!

— Qual?

— Deveremos nos beijar por todo o caminho. Alguns beijos inocentes, que tal? Afinal, você viu as placas sugestivas. Quero a experiência completa do passeio.

O meu coração parecia que iria saltar da garganta, eu estava suando frio. Lógico. Já tínhamos nos beijados em algumas situações. Mas agora ele estava propondo me beijar durante todo o passeio como um casal real.

Então era isto, estávamos flertando sem fazer parte do jogo. Ele sorriu de uma maneira tão linda. Pela primeira vez, eu estava esquecendo aquele contrato. E tudo o que eu queria era conhecer este Dante sorridente e provocador a minha frente. Eu o abracei, envolvi seu pescoço com meus braços e ele se abaixou me oferecendo seus lábios. Eu dei um beijo em seu queixo e me afastei.

— Você queria um beijo e eu te dei querido, vamos ou nos perderemos do grupo!

Ele sorriu.

— Ardilosa, Bela e muito provocadora. Isto é uma mistura letal.

Ele segurou a minha mão enquanto subíamos as escadas, alcançando o nosso grupo.

A vista era magnífica, mas o contato de Dante em minha pele e o seu sorriso bobo a cada vez que nos olhávamos era algo ainda mais bonito de se ver.

— Me fale sobre os seus planos quando terminar a faculdade.

Eu pensei um pouco antes de responder. Esperei que o guia parasse de falar e abaixei a minha voz para ele.

— É encontrar um trabalho na área pela qual vou me formar, cuidar de Gabriel...

Neste momento, a ideia de não mais ver o Dante me passou pela cabeça e meu sorriso diminuiu. Eu parei a minha frase, ele me olhou e eu reuni forças, continuando.

— ... ver o Gabriel crescer, ser feliz, enfim. E você?

Ele desviou o seu olhar do meu e pegou o celular no seu bolso.

— Desculpe-me, eu tenho que atender, é importante.

Ele se afastou um pouco e eu me virei em direção ao grupo que se afastava lentamente de nós. Me perdi olhando a paisagem, todas as árvores e flores. Escutei passos e logo a voz de Dante:

— Perdão, eu deixei no modo vibrar, mas tenho que controlar. Estou em uma fase de negociações importantes e tenho que sair vitorioso destas fusões.

Ele pegou a minha mão novamente e seguimos o grupo que estava a alguns metros de nós. Eu pensei que ele ia ficar calado sobre o que eu perguntei antes, mas ele continuou a falar.

— Para o futuro, eu desejo o êxito da minha empresa. Que eu me torne o único e maior produtor de destilados do mercado europeu.

Caminhamos por mais alguns metros e o guia parou um pouco à frente e falava e falava mais um pouco. Eu percebi que Dante estava distraído observando o que o guia falava. Eu aproveitei o momento para admirar o seu perfil, seus lábios, tudo nele tinha que ser tão perfeito?

“Querida, se ele quiser sexo, duvido que você diga não. Ao menos eu não diria. Um homem bonito, um lugar maravilhoso...”

E ali estava eu, num lugar maravilhoso, um homem lindo querendo sexo comigo e meu íntimo clamando por ele. Como isto terminaria?

O grupo fez pausa para fotos. Dante neste momento, me posicionou na cerca de metal, de costas para o mar. Ele puxou o meu corpo para o seu me abraçando.

— Podemos tirar uma foto?

Ele me perguntou enquanto me apertava. Eu não deixei de sentir uma pontada no peito, ele queria fazer ciúmes para a sua ex. Eu concordei com o movimento de cabeça, ele pegou o celular do bolso e o posicionou pouco mais alto do que nós. Ele beijou o meu rosto enquanto eu tirava a foto. Eu sorria, apesar de tudo o que estava me corroendo por dentro.

Ele guardou o celular no bolso e não fez alguma postagem. E isto me fez acalmar os pensamentos. Isto e o perfume em seu peitoral que estava me fazendo querer beijá-lo. Eu admirei os músculos pela sua camisa entre aberta.

Passei as minhas mãos enquanto ele beijava os meus cabelos, eu discretamente, beijei e dei uma lambida em seu peitoral. Ele gemeu baixinho e me apertou.

— Pequena diabinha, quer me enlouquecer ainda mais?

Eu levantei o meu olhar e encontrei a sua boca perfeita, sorrindo para mim. Ele se abaixou um pouco mais, e sua língua me invadiu com desejo. Quando nos afastamos, percebemos que o grupo estava bem longe, rimos e nos apressamos a alcançá-los.

Passamos o dia visitando lugares de Portofino. Visitamos igreja de San Martino, a praça Martini dell’olivetta. Tudo foi perfeito.

E o nosso ponto final foi o Castelo de Brown. O Sol tinha saído de cena quando nos despedimos dos nossos companheiros de turismo e nos sentamos nos jardins do Castelo, admirando a paisagem.

Não foi possível entrar em alguns lugares do Castelo, pois estava sendo realizado um casamento em seu interior. Eu vi quando a noiva desceu do carro com um vestido pomposo de conto de fadas.

Que ironia! Eu estava em um passeio romântico com o "meu noivo falso". Noivo este que se casaria em breve com outra mulher.

Eu assisti à entrada triunfal de uma noiva feliz e apaixonada em seu casamento. Isto com certeza, era um sinal do céu para eu acordar do sonho que estava vivendo. Que o Dante poderia sim, me dar o seu corpo. Mas o seu coração jamais me pertenceria.