Noiva por Contrato - Bella Mia romance Capítulo 24

— Eu sinto muito por ter te interrompido, Dante. Eu desci apenas para beber um café e...

— Não se desculpe. Eu tenho uma reunião agora, depois estarei livre o resto da manhã e toda a tarde. Portanto, passaremos um tempo juntos, se você quiser.

Ele alisou as minhas costas de maneira preguiçosa e seu toque despertou toda a minha libido. Eu senti um arrepio no corpo e meus mamilos me denunciaram descaradamente ficando evidentes em minha blusa.

— Sim, eu vou gostar de passear por aí...

Eu segui o seu olhar devasso, que estava passando pelo meu antebraço e parando nos meus seios. Ele sorriu e levantou o seu olhar para mim.

— Isto é um delicioso elogio, querida. Mas eu também estou tão afetado quanto você, acredite.

Ele me apertou um pouco mais e senti a sua ereção, se esfregar em mim.

— Não podemos negar, obviamente.

— Que bom que estamos de acordo. Vou pedir o seu café e tenho que sair. Prometo que volto daqui uma hora mais ou menos. Pense no que você gostaria de conhecer, eu te levarei. Mas neste passeio teremos que fazer algumas compras para esta noite.

— Como assim? Compras para hoje à noite?

O garçom se aproximou e ele pediu o café do jeito que eu gosto. Ele sorriu para mim quando o garçom se afastou.

— Hoje à noite, teremos um jantar de gala. Estará cheio de pessoas importantes. Será uma grande premiação para os melhores do ano. E eu tenho um discurso para fazer, fui escolhido como melhor produtor de destilados.

— Eu confesso que isso me deixou um pouco nervosa.

— Fique calma. Você será a mulher mais inteligente, interessante e bonita daquela festa. A Liah vai nos encontrar no fim do dia para vocês seguirem juntas para um desses salões, spa de beleza. Vocês sairão de lá já prontas para o evento.

O garçom trouxe o meu café. Dante agradeceu e sorriu para mim.

— Eu realmente não acredito muito que serei tudo o que você disse. Mas vou me esforçar para estar à altura do bonitão aqui à minha frente.

— Eu agradeço o elogio, Bella mia, mas acredite, você é maravilhosa.

Eu bebi um gole do meu café enquanto ele alisava os meus cabelos. Ele se aproximou lentamente e beijou a minha bochecha. Nossos olhares se intensificaram e minha boca languida esperava ansiosa por seu beijo.

Mas fomos interrompidos pelo telefone dele. Dante fechou os olhos e mordeu os lábios, exalando frustração enquanto respondia:

— Sim, eu estou indo. Espero que sim.

Ele falava ao telefone sem deixar de me olhar. Ele o desligou e beijou a minha testa se afastando lentamente.

— Eu tenho que ir, Alberto está me esperando para encontrarmos um cliente importante.

— Tudo bem, eu te desejo sorte.

— Eu tenho muita sorte, estou convencido disto a cada dia mais.

Ele me olhou da cabeça aos pés e sorriu antes de se virar e seguir porta a fora. Eu tinha tantas perguntas, tantas dúvidas. Mas seria inútil esperar por respostas que ele não estava disposto a me dar naquele momento.

Eu teria que esperar, mesmo com um medo terrível de que tudo entre nós terminasse como previsto com o fim de um contrato. A dor no meu peito tornou o meu café amargo e frio, assim como os pensamentos em minha mente.

Eu estava sentindo por Dante algo que eu jamais havia sentido.

“Amor...”

E isto era a maior loucura do mundo. Como poderia se tornar algo real? Como poderia se transformar em sentimentos verdadeiros neste pouco tempo?

Eu senti um calor inundar minhas bochechas, estava se tornando rotina ele me deixar sem graça, com vergonha. Estávamos sozinhos, ele não precisava fingir nada para me levar para a cama. O tesão entre nós era algo indiscutível.

Eu lentamente me desvencilhei de seus braços e escolhi um scarpin sem salto. Ao me virar para ele, notei que o seu rosto estava sério. Ele segurou o meu rosto, erguendo o meu queixo. Seus olhos me observavam atentamente enquanto ele falava:

— Você está bem? Se arrependeu do que aconteceu na noite passada?

— Está tudo bem, Dante. Eu estava de acordo com tudo o que aconteceu, eu estou bem.

Eu tentei disfarçar todo o nervosismo que sentia.

— Escute, eu quero que você me fale se em algum momento isto não for bom para você. Eu não quero que isto seja o ruim para nós...

— Fique tranquilo. Sei que é somente sexo, isto vai acabar em dois dias...

Por um segundo, quase deixei escapar o choro. Eu respirei fundo e continuei a falar:

— Seguiremos caminhos diferentes e está tudo bem, fique tranquilo. Você não vai me quebrar...

Ele me puxou para o seu corpo e seus lábios pressionaram os meus, a sua língua, fez o caminho para encontrar a minha. Tudo em volta pareceu girar, seus braços em volta do meu corpo me davam confiança, me fazendo sentir segura, desejada.

Era isto. Desejo. Eu tentava me agarrar em seu corpo com ainda mais força, tentando provar para mim que tudo o que estava sentindo naquele momento tinha a ver com a tensão sexual entre nós. Que as batidas aceleradas em meu peito não eram apenas pela ansiedade de sentir o seu toque deslizando por minha pele, me acariciando me penetrando. Quanto mais o beijo se tornava intenso, mais eu tremia em seus braços. As lágrimas desceriam em poucos segundos, se continuássemos assim. Eu tentei me afastar, mas ele me prendeu ainda mais e eu correspondi o beijo com ainda mais paixão. Traindo descaradamente cada tentativa de mascarar o meu sentimento crescente. Ele se afastou lentamente seus olhos me estudando com calma. Eu sentia as minhas pernas tremerem. Além da excitação, existia muito mais emanando de mim. E eu suplicava para que ele não tivesse percebido.

— Você continua não entendendo nada, Bella mia...

O telefone dele tocou insistentemente nos tirando daquela situação de tensão. Ele se afastou enquanto falava no telefone. Eu ainda estava com os batimentos acelerados. Fui até o frigobar e peguei uma garrafa de água que eu bebi quase toda de uma vez. Tudo estava tão confuso. O comportamento dele, a sua doação anônima para o meu irmão. O seu toque no meu corpo, o seu beijo desesperador.