Noiva por Contrato - Bella Mia romance Capítulo 46

Ouvi o som suave da água fluindo e, passando por entre árvores e arbustos, descobri um riacho encantador. A água cristalina serpenteava por entre pedras alvas, e o lugar era abraçado por uma vegetação rica e flores silvestres.

— É de tirar o fôlego, parece uma cena de um romance — murmurei.

— Tenho um lugar ainda mais especial. Vem — ele convidou.

Ele me guiou com cuidado pela descida até uma pedra grande e lisa. E ali, ele se abaixou diante de mim, suas mãos acariciando suavemente minhas pernas enquanto eu me acomodava. Seu sorriso era uma mistura de amor e reverência, como se naquele momento, nada mais importasse no mundo além de nós dois.

—Não pense safadezas. Juro que é apenas para tirar as suas sandálias....

—Eu vou gostar disto.

Eu pisquei para ele enquanto ele tirava as minhas sandálias e massageava os meus pés enquanto eu me segurava em seus ombros. Ele me ajudou a descer um pouco mais na pedra, até estarmos sentados e com os nossos pés imersos na água refrescante.

A sensação da correnteza da água em meus pés, a paisagem maravilhosa a nossa volta, o céu azul acima de nós e o abraço de Dante transformavam tudo em um momento mágico.

—Assim que você terminar a medicação, poderemos vir aqui repetir cada gesto. Mas beberemos um bom vinho.

—A ideia é tentadora.

—Sim, é tentadora! Ele mordeu levemente o meu lábio inferior. E novamente, os seus lábios estavam perdidos nos meus, enquanto a sua língua dançava com a minha. Isto me enlouquecia, me confortava e me enchia de amor.

***

Passamos o resto da tarde ali, falando amenidades. Evitamos falar dos problemas ou de um futuro muito distante. Ver Dante se deixando levar, se perdendo comigo, escapando de tudo, me dava esperanças de que talvez poderíamos viver algo juntos, algo novo, somente nosso apesar de tudo.

Era noite, quando estávamos entrando na casa. Eu estava feliz, apesar de tudo, e sentia o sorriso de Dante sobre mim cada vez que trocávamos olhares. Depois da minha recusa em aceitar ele me levar nos braços escada acima, ele, relutante, segurou a minha mão e caminhamos até o quarto.

—Enquanto você toma banho, vou pedir para que sirvam o jantar. Deseja que o jantar seja servido na área externa? Jardim ou piscina...

—Talvez o Jardim...

—Perfeito. Eu vou deixar que se prepare, eu vou na cozinha orientar o pessoal.

Quando ele desceu as escadas, eu entrei no quarto para me preparar, tomar um banho rápido. Eu ainda estava impressionada como a Liah tinha feito tudo tão rápido. Óbvio que ela teve ajuda para fechar a conta do hotel, trazer as nossas coisas e arrumar tudo nos armários. Mas eu realmente precisava mandar uma mensagem para ela, agradecendo-a. Eu estava terminando de vestir o meu vestido quando Dante retornou para o quarto.

“Muito obrigada por tudo. Ainda estamos falando sobre tudo. Você nos ajudou muito, acredite.”

“O maior agradecimento que você pode me dar é o de vocês serem felizes, de preferência juntos e para sempre.”

A simples noção de Dante sendo uma constante na minha vida parecia loucura, quase uma impossibilidade. No entanto, para o meu coração, era uma necessidade que ia além da razão.

O nosso jantar desenrolou-se como um bálsamo, cheio de leveza e serenidade. Os celulares foram esquecidos no quarto, permitindo-nos um tempo livre para nós nos perdermos no jardim, iluminado apenas pela lua e as estrelas, após a refeição.

De volta ao nosso refúgio, já em nossos pijamas, ele me envolveu com seus braços fortes, como se estivesse aninhando um tesouro. Acolhida em seu peito, senti o mundo desaparecer enquanto puxava os lençóis para nos cobrir, selando aquele momento perfeito com o conforto e a intimidade que apenas o verdadeiro amor pode trazer.

—Obrigado, Bella mia. O nosso dia foi doce, assim como você.

—Obrigada, Dante, por cuidar de mim.

—Eu vou continuar cuidando, Bella mia. — Disse enquanto beijava minha testa.

Depois de muitas caricias, eu adormeci nos braços fortes de Dante.

Eu acordei no meio da noite com a cama vazia. Eu olhei em volta e nada de Dante. Vi que o seu laptop não estava, o que me fez entender que ele deveria estar trabalhando. Me levantei e decidi procurá-lo. Quando ele me fez conhecer a casa, ele me mostrou onde era o seu escritório e foi para lá que eu fui. Pois me pareceu o lugar mais óbvio em que ele estaria. Eu saí descalça, usando apenas uma das finas lingeries que a Mary tinha comprado para mim.