Nosso Passado romance Capítulo 114

Parte 2...

Ela sabia que poderia haver um neto e ao ter essa certeza isso tocou fundo, ela mudou um pouco, dava para sentir, apesar de tudo. Não tinha como negar que o baque foi grande.

Não poderia deixar que Anelise se fosse e levasse seu filho. Ele a queria ali e teria que fazer algo para que ela visse isso. Ele se recusou a ser digno de pena, mas aproveitou que estava sozinho no quarto e chorou.

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Anelise estava terminando o café com as crianças quando Luiza chegou.

— Posso falar com você... À sós? - sorriu para as crianças.

— Claro - ela levantou — Terminem tudo e depois vão ficar com Ludimila.

As duas foram para a área de trás onde ficava um pequeno jardim e sentaram embaixo da cobertura do gazebo.

— Pode falar.

— Eu estou pensando... Se você me permite levar as crianças... Para minha casa - ela apertou as mãos ansiosa.

— E para que?

— Eu gostaria de ter um tempo de avó com eles - ela gesticulou apreensiva.

— Não! - ela balançou a cabeça.

— Eu sou avó do menino - respirou fundo — Tenho direito de...

— Você não tem direitos - Anelise cruzou os braços — Não confunda as coisas - ela riu baixinho — Não vai haver uma família aqui, Luiza.

— Mas, eu pensei que...

— Então pensou errado - levantou — Não confunda minha boa criação, dada por minha avó, junto com a experiência de vida que ganhei ao lado de meu marido - pausou a olhando de modo irônico e depreciativo — Com a avó que você imagina que pode ser - riu de novo — De forma alguma eu vou deixar que influencie meus filhos com suas ideias.

— Não é isso o que eu quero. Apenas quero ter contato com o meu neto.

— Pois aproveite enquanto estivermos por aqui - ela se virou — Com a supervisão de Felipe ou Ludimila.

Luiza ficou olhando-a se afastar e levar sua esperança.

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— Vai ver ela deve querer que o Alan a veja como uma avó de verdade e só iso - Felipe disse.

— Pois ela que tire o cavalo da chuva. Iremos embora em breve - respondeu séria.

— Está segura disso? - ele se preocupou — E o filho?

— Antes de ir podemos fazer um acordo de visitas... Se é que ele vai querer isso.

— Acha que não?

Ela puxou o ar até encher o peito, pensando. Gostaria muito que ele quisesse sim.

— Não sei, realmente. Prefiro não criar expectativas com relação a Mathias.

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