Parte 1...
Durante o resto do dia ele não a viu. Anelise ficou trabalhando até a hora do almoço. Esperava vê-la, mas ela saiu com as crianças e só retornou no fim da tarde.
Ainda assim, ele só conseguiu ver as crianças quando elas foram ficar com ele no quarto, até que Ludimila os levasse. No dia seguinte, ela passava pela sala em direção à cozinha, quando Luiza a interrompeu.
— O que houve? - perguntou depois que Alan passou correndo — Mathias está tão de humor que isolou você? Passei ontem à noite e não a vi. Ele brigou com você?
— Até que não. Eu preferi me isolar - ela ficou séria — Não estou com vontade de cair de novo na lábia do seu filho. É preciso ficar atenta para não ser manipulada outra vez.
Não era algo que ela gostaria de ouvir, mas não podia culpara Anelise por pensar assim.
— Ele quer você, Anelise.
— Eu sei disso - deu de ombro — Por isso mesmo estou tomando cuidado com ele - foi firme — Não quero que Mathias me use para chegar ao objetivo maior. Não vou ficar me estressando com coisas da diretoria - colocou as mãos no quadril — Não sou mais aquela boba e tenho planos para breve.
Luiza a seguiu até a cozinha. Concordava em parte.
— Já sabemos bem que não é - sentou-se à mesa — É uma mulher agora, mãe, bem sucedida e muito rica. Só que isso também é estressante e pode ser solitário.
— Pode ser sim - torceu a boca — Por isso não quero adicionar o estresse do seu filho. Além disso, ele já está melhorando - ela suspirou — Graças a Deus, o pior passou. Ele não precisa de mim, é uma birra. Em breve todos iremos embora.
— Ele quer você e dessa vez é diferente, eu sei - pegou uma xícara — Posso ser rejeitada por ele, mas percebo o quanto ele a quer de um modo diferente do passado. Ele aprendeu com a derrota.
— Isso é carência unida à frustração - encheu a xícara — Eu sei bem como seu filho pensa.
— Ele foi mudando com o tempo e mudou mais ainda depois que você voltou - disse sincera — Ele a olha de outra forma agora, entende coisas que antes nem parava para pensar - Luiza ficou com o olhar perdido — Ele olha para você como eu olhava para o pai dele... O pai de verdade - sorriu meio triste.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....