Nosso Passado romance Capítulo 17

Resumo de Capítulo Três - 3: Nosso Passado

Resumo do capítulo Capítulo Três - 3 do livro Nosso Passado de Ninha Cardoso

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo Três - 3, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Nosso Passado. Com a escrita envolvente de Ninha Cardoso, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Parte 3...

— E por acaso você conhece mais de uma? - ele mexeu a cabeça — Porque eu só conheço a que eu namorei e me abandonou.

Luiza ficou chocada com a revelação. Esse era um nome que ela tinha colocado no fundo da gaveta e que esperava nunca mais voltar a ouvir na vida.

— Não pode ser - ela cruzou os dedos das mãos apertando.

— Pode sim. Eu a vi... Falei com ela... E lhe dei um emprego.

— Você fez o que? - ela quase gritou.

Luiza sentiu uma pancada, como um fio de medo que o passado voltasse para assombrá-la agora e que fosse muito pior do que foi na época. Ela já tinha vivido tempo demais guardando o erro e a culpa de ter afastado o filho de Anelise.

Ela sabia que tinha forçado uma ideia na cabeça do filho e que isso iria afastá-lo de vez se chegasse a descobrir toda a verdade. Seria péssimo para ela.

Ele jamais aceitaria o que ela e a irmã haviam feito. Elas guardavam o segredo a todo custo, como se fosse um pecado inconfessável. Só que Anelise era o outro lado da história e ela sabia bem qual a verdade de tudo.

— Você é louco? - ela disse irritada — Como se aproximou dela de novo? Esqueceu de tudo o que ela lhe fez? O roubo, a vergonha? - gesticulava nervosa.

— Não esqueci de nada, mãe - ele levantou agitado.

Nesse momento Márcia entrou na sala e parou ao lado da mãe a sentindo agitada.

— O que houve? Porque estão discutindo?

— Aquela criatura está de volta - Luiza disse puxando o ar fundo, sentindo irritação.

— Quem, mãe? - Márcia franziu os olhos.

— Ela - arregalou os olhos — Anelise - disse o nome como se fosse algo contagioso.

— Não acredito - Márcia se espantou — Ela, depois de tantos anos longe?

— A avó dela morreu - Mathias comentou.

— Bem, então... - olhou para a mãe — Talvez ela vá embora logo - deu de ombro.

Ela logo pensou que se o irmão ficasse sabendo de toda a armação dela e da mãe, seria horrível. Foi difícil manter o segredo. E depois de todos esses anos, ele talvez não as perdoasse.

— Seu irmão deu um emprego para ela - Luiza disse com clara irritação.

— Como é? Você é retardado? - Márcia fechou a cara e bateu na testa — Só faltava agora você voltar a se envolver de novo com aquela vagabunda.

Mathias a olhou sem emoção e balançou a cabeça.

— Márcia, ela deve ter contas a pagar - ele meneou a cabeça — Tem o enterro, deve ter o hospital também. Não custa nada ajudar.

— Tudo foi muito estranho, na verdade - ele passou os dedos pelo cabelo — João também disse quase a mesma coisa - ele apertou o lábio entre os dedos — Parecia um roteiro de filme barato - ele soltou o ar lento — E Anelise jurou por tudo, que jamais teve algo com algum deles.

— Mas é claro, né! - Márcia deu um sorriso cínico.

— Ela estava claramente sofrendo com aquilo - ele disse.

— Só porque ela foi pega - Luiza falou alto — Você descobriu que ela o traía.

— E com dois homens - Márcia completou.

Mathias a encarou. Hoje ele já não tinha certeza disso. As coisas mudam com outra dia depois da confusão. Com o passar do tempo, a distância e a cabeça mais fria, ele começou a perceber que algumas coisas não se encaixavam e que na época da confusão ele não viu pela mente estar cheia de dúvidas.

Era possessivo e muito ciumento. Pensar que ela tivesse se deitado com outro, o deixava enraivado e com nojo dela. Estava levado pelo sentimento de posse e ficou insano, sufocado pelas palavras da mãe e da irmã.

Mesmo quando ela chorou muito e pediu que acreditasse nela, não o fez. Ele preferiu ouvir as duas e com muita raiva a tratou como se fosse uma qualquer, uma vagabunda comum.

Talvez se ele tivesse deixado o sangue esfriar e as coisas se acalmarem, ele teria visto a verdade. Que ele nem tinha certeza qual seria mesmo. Agora era tarde para isso.

Quando a procurou dias depois, ela já tinha sumido. Ele achou que isso fosse uma confissão de culpa. Porque fugir se ela era mesmo inocente?

Autora Ninha Cardoso

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