Parte 6...
Eles terminaram de comer e Felipe levantou, deixando a louça usada na pia.
— Infelizmente, não vou poder ficar, mas eu volto como combinamos - ele lhe deu um beijo leve no rosto.
— Volte logo - apertou os lábios — Sinto falta de um rosto amigo ao meu lado - apertou seu braço.
— Nós também estamos com saudade de você e as crianças não param de falar.
— Não deixe que os dois façam bagunça em casa.
— Não se preocupe - ele sorriu e a abraçou.
Antes de sair, Felipe parou e se virou para ela, a olhando de modo carinhoso e preocupado.
— Por favor, Anelise, cuide-se bem. Cuidado com essa gente. Lembre-se de que Haroldo fez tudo para manter você protegida do que lhe fizeram. E eu ainda estou aqui. Tenho receio de que se subir muito alto, possa cair e se machucar de novo.
Ela ficou emocionada pelo carinho de Felipe e sabia que ele tinha razão no que dizia.
— Eu entendo - o abraçou de novo — E agradeço por você estar sempre comigo - beijou sua bochecha de leve.
Quando Felipe saiu, viu que um carro passou devagar em frente da casa e fechou a cara, observando enquanto o carro seguia. Só faltava gente curiosa remexendo na vida dela. Acenou para ela e saiu para pegar o carro alugado e voltar o quanto antes.
— Eu ligo hoje à noite para mais informações - ele disse antes de ligar o carro.
Ela ficou olhando o carro seguir até que virou a esquina e fechou a porta. Tinha meia hora para sair e ir ao restaurante. foi ótimo ver Felipe logo cedo, mas não gostou que Hugo o enviasse sem falar com ela antes. Tinha dito que não havia pressa.
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A campainha tocou de novo. Ela achou que talvez Felipe tivesse esquecido de algo. Foi atender rápido e para sua surpresa, era Luiza, parada em sua porta.
Depois de um segundo Anelise sorriu debochada e a olhou parada em sua pequena varanda, destoando de tudo ali. Dura como uma das colunas que seguravam o telhado.
Em sua roupa cara, toda de marrom, o cabelo preso e mãos nervosas que apertavam a alça da bolsa cara de grife.
— Nossa... A realeza em minha humilde residência - fez uma cara de espanto, brincando com a outra — Será que vai ter coragem de pisar no mesmo chão que eu? - ela inclinou a cabeça rindo.
— Quero lhe falar - Luiza disse rígida, feição fechada.
— Ah.. - ela balançou a cabeça e ficou de lado para que a mulher passasse. Fez um gesto com a mão para entrar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....