Parte 2...
Luiza andou até o barzinho e serviu mais um pouco do vinho, bebendo calmamente enquanto pensava, relembrando o passado. Ela não tinha desculpas para as atitudes do passado e pelas crueldades que cometera. Apenas tinha sido o certo na época.
Ela também havia sofrido, mas foi sua opção. Já Anelise e Mathias tinham sofrido por seus atos de maldade, sem se importar com os outros, só com ela.
Era uma união que ela sabia que não terminaria bem e agora não queria que as pessoas voltassem a comentar sobre seu passado com o retorno dela. E nem sobre o que ela mesma havia sofrido muito antes disso.
Agora ela estava em uma encruzilhada. No fundo tinha agido por medo também, não só preconceito. Tentou impedir que o passado se repetisse e só aumentou o problema. Anelise a desafiou e não tinha medo dela agora.
Luiza não revelou que dois meses depois, contratou um detetive particular para encontrá-la, coisa que se mostrou impossível e após seis meses de busca ela desistiu.
Anelise simplesmente sumira do mapa. O detetive lhe garantiu que estava morta ou fora do Brasil. Não havia pistas dela por ali e mesmo em outros estados. Nem mesmo em um obituário.
Isso lhe pesou na consciência. Chegou até a pensar que talvez ela tivesse morrido tentando abortar. Isso acontecia muito. Ficou meses horrorizada com essa ideia, até que a deixou de lado.
A avó dela nada sabia, nunca viajou e nunca recebeu visita da neta. Pensou nela sozinha, com pouco dinheiro e grávida. Sabia que para ela seria muito já que era pobre, mas logo o dinheiro acabaria. Até então ela achava que tinha levado o dinheiro na fuga, mas Anelise foi firme em negar.
— Márcia... Lembra-se que eu entreguei um envelope com dinheiro para Anelise, quando ela estive aqui na última vez?
— Hã... Acho... Acho que lembro sim - disse meio desconfiada — Porque?
— Ela me garantiu que não levou nada quando saiu.
— Ah, deve ser mentira - gesticulou nervosa — Deve ser mentira. Não tem como ela não ter levado.
— Não sei, ela me pareceu muito honesta - deixou o copo em cima do balcão.
— E o que ela fez com o bebê? - Márcia se encostou no balcão — Ela tirou a criança?
— Não me disse.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....