Parte 6...
— Você não sabe o que é ser mãe - ele rebateu querendo magoá-la — Não sabe nada sobre sacrifício por amor.
Ela segurou a língua de novo. Se ele soubesse que ela já era mãe de dois e um era dele. O quanto ela cuidava e amava seus pequenos tesouros.
O carro diminuiu a velocidade e parou em frente da casa dela. Mathias segurou sua mão em cima do banco e ficou olhando como a mão dela se encaixava bem na dele, até que ela deu um puxão.
— Porque não vai embora, Anelise? - sua voz tinha um leve tom de angústia — Se tem alguém a esperando, porque ficar aqui?
Ela sentiu o coração apertar.
— Ainda tenho assuntos sérios a resolver aqui.
Mathias suspirou e tomou sua mão de novo, correndo o dedo em seu pulso.
— Ainda recordo bem de nossa primeira vez como se tivesse sido ontem - viu que ela segurou a respiração — Foi incrível - continuou — Você estava deitada no sofá, abraçada ao meu corpo. Estava chovendo e ainda assim meu corpo estava quente, ardendo por você. Não havia mais ninguém em casa. Eu beijei você e comecei a tirar sua roupa... E você deixou - falava baixo — Sua pele macia me deixou cheio de tesão. Eu deitei por cima de seu corpo cheiroso e a apertei em meus braços.
Ela corou quando ele tocou seu lábio com o polegar. Ela também tinha aquela tarde guardada na memória, apenas a evitava.
— Pare - ela apontou na direção do motorista.
— Não se preocupe, ele não é pago para ouvir e a divisão não permite - se inclinou sobre ela — Ainda tem vergonha de falar sobre sexo? Você era bem tímida e não sabia como fazer amor - ele aproximou o rosto do dela — Eu adorei ensinar a você como remexer embaixo de mim.
Anelise sentia o hálito quente em seu rosto e isso fez sua pele arrepiar. Mas ela sabia bem quem era Mathias e não podia cair na mão dele de novo.
A menos que ela quisesse e quando quisesse.
— Não! - ela afastou o rosto e segurou na tranca da porta.
— Anelise - ele segurou seu joelho — O tempo que passei longe de você foi perdido - confessou.
— Bem, é uma pena - ela abriu a porta e saiu — O meu foi muito bem aproveitado.
Ela fechou a porta e andou até a varanda. Antes de abrir a porta ele a alcançou e segurou seu braço.
— Não faça isso - ele disse de modo pesado — Não faça joguinhos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....