Parte 1...
Anelise se espreguiçou e abriu a boca com um bocejo grande. Gostaria de ficar dormindo um pouco mais, no entanto tinha duas coisas importantes a fazer.
Ir ao restaurante manter seu disfarce e entregar as pastas com as anotações que fizera para os diretores da Free Carnes e se tudo corresse como queria, ainda naquela semana já teria a conta deles para si.
Estava na cozinha quando a campainha tocou e ela quase se arrastou, com preguiça. Olhou pelo olho mágico da porta. era Mathias. Não o esperava em sua casa. Ajeitou o cabelo e esfregou o rosto para espantar o sono.
Ainda estava usando o pijama de algodão embaixo do roupão, mas não dava para trocar de roupa agora.
Abriu um pouco a porta e viu que ele estava bem vestido para aquela hora da manha. De certo iria para a empresa. Ela manteve a feição limpa e tranquila, sem demonstrar emoção.
— O que faz aqui, Mathias? - perguntou calma — O restaurante ainda não abriu, portanto não estou atrasada.
— Sei disso. O que não sei é onde você esteve o final de semana - disse sério.
— O que? - ela franziu a testa. Ele tinha notado sua ausência? — Como sabe que eu não estava aqui?
— Porque eu vim procurá-la.
— Oh... - ergueu o queixo — E porque? - ela deu de ombro — Clarice não deu conta do seu tesão? - o provocou.
— Meu tesão não é por ela - se aproximou a encarando — E onde você esteve?
— Fui ver um amigo - disse displicentemente e sorriu.
— Aquele amigo? - apertou a mandíbula.
— Sim - ela mexeu a cabeça — Fui ver Felipe.
Os olhos dele escureceram.
— Vocês transaram?
Ela ficou um segundo assimilando a pergunta e depois começou a rir, o encarando. Sempre o mesmo. Um machista e com o mau hábito de tirar conclusões precipitadas.
— Por que a curiosidade? - ela ergueu a sobrancelha — É algum tipo de fetiche, por acaso?
— Não seja engraçadinha - ele fechou a cara — Responda.
Anelise encostou a cabeça na porta, o encarando com um sorriso provocativo.
— Não tenho que responder nada. Apenas vá embora, Mathias - disse calmamente. No fundo sentia um certo prazer em ver que ele estava incomodado.
Ele colocou a mão na porta e empurrou, mas ela não largou e nem desviou o olhar do dele.
— Me deixe entrar, Anelise - ela ficou calada — Por favor - pediu suave — Preciso falar com você.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....