Parte 4...
— Sim, eu mesma - ela sorriu com cinismo e sentou ao lado de Hugo — Creio que não é necessário muita conversa mais - olhou em volta sorrindo para todos, sendo simpática a eles — Já conheço quase todos aqui - mirou Luiza — Alguns melhor do que outros.
Mathias estava atônito. Ele sempre a achara bonita e atraente, mesmo agora em seu retorno, mas nunca a tinha visto com roupas como aquelas.
Era uma outra pessoa. Estava elegante, chique, charmosa, altiva, totalmente diferente e nada a ver com a garota que vivia de jeans e camiseta de algodão. Essa tinha algo muito mais interessante.
O relógio era de uma marca que poucos podiam pagar, feito sob encomenda apenas. Ele sabia pois tinha três da mesma marca. O perfume era clássico, entrava por suas narinas e o despertava para uma nova realidade.
A pele dela tinha um brilho especial, seu cabelo estava penteado solto, caindo em seus ombros delicadamente. Enquanto ela falava, movia a cabeça e os caros brincos de diamantes balançavam tocando seu pescoço. A maquiagem perfeita a deixava ainda mais atraente, com os olhos e a boca em realce, convidativa.
Ele engoliu em seco, seu coração pulou uma batida. Seu cérebro precisou assimilar depressa o que via porque ela continuava a falar com seus diretores e eles pareciam encantados com sua voz.
— Infelizmente, eu não pude entrar direto na negociação - ela olhou para Mathias — Por motivos que são pessoais e que não vêm ao caso agora. Tive que negociar com alguns de vocês por baixo do pano... Como se diz. Com cautela - olhou para Luiza — E observando o desenrolar das situações que se apresentavam.
A expressão no rosto pálido de Luiza fez valer a pena o esforço e o cansaço. Ela estava rígida na cadeira. Já Mathias tinha pressão na mandíbula e seus olhos estavam vidrados, confusos.
— A expansão poderia ter sido mais suave, no entanto fez-se necessário um outro caminho, mas o final foi o mesmo.
— Você nos enganou - Luiza disse fria.
— Em quê, exatamente? - ela perguntou suave de propósito.
— Não nos disse que era a viúva de Ferroso.
— E porque eu deveria dizer? - continuou suave, empurrando a mulher para um deslize.
— Não tem nada a ver com o nosso assunto aqui - um dos diretores disse — A negociação era de empresa para empresa.
— Exatamente - disse Bernardo — Pode continuar, por favor.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....