Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 1507

Depois de terminar de cantar, Paola perguntou a Mateus: “Mateus, gostou da música?”

“Sim, gostei.”

“Foi muito bonita.”

Paola continuou: “Mateus, quer que eu cante mais uma para você?”

Mas Mateus respondeu: “Paola, conte-me sobre a sua infância.”

“Ou então, fale sobre os seus seis anos em Sol Nascente, sobre os momentos com os quadrigêmeos.”

“Quero ouvir.”

Paola disse: “Vou te contar um pouco sobre quando eu era pequena.”

“Está bem!”

Então Paola falou: “Mateus, quando eu era criança, minhas notas eram muito boas. Mesmo tendo que fazer tarefas domésticas todas as manhãs e noites, eu sempre estava entre os melhores da turma.”

“Entendo.” Mateus respondeu: “A minha Paola é a moça mais inteligente deste mundo.”

Paola disse: “Acho que nem sou tão inteligente assim, talvez apenas esforçada.”

“Mateus, sabia que, por dormir muito tarde todas as noites e acordar muito cedo, eu vivia cansada e acabava cochilando nas aulas?”

“Teve uma vez que, durante a aula, acabei dormindo sem querer e sonhei que estava comendo feijoada. A professora veio até mim, chamou meu nome e pediu que eu respondesse à pergunta dela. Eu, do nada, respondi ‘feijoada’, quase fiz a sala inteira morrer de rir!”

“Ha!” Daniel não conseguiu segurar o riso.

Mas Mateus disse: “Paola, aquela Cláudia Barbosa, aquela mulher horrível, um dia vai ter o que merece.”

Ele não achou graça nenhuma, apenas sentiu uma profunda pena dela.

Com certeza foi Cláudia, aquela bruxa velha, que maltratou Paola. Uma criança tão pequena precisava preparar o café da manhã para a família toda, fazer o jantar depois da escola, lavar as roupas de todos, lavar a louça, limpar a casa...

E ainda não deixava Paola comer carne.

Senão, Paola não teria sonhado com carne até dormindo na aula.

Pensando nisso, Mateus bateu com força no chão. Cláudia, aquela mulher desprezível, ele a amaldiçoou para que não tivesse um fim digno.

“Paola, você passou por muita coisa.”

“De agora em diante, vou te amar, cuidar de você e não vou deixar que você sofra nem um pouco.”

“Jamais permitirei que alguém te machuque!”

Mateus pediu desculpas.

“Não tem problema.”

“Mateus, de verdade, está tudo bem comigo.”

“Só quero que você melhore logo, assim ficarei tranquila.”

“No futuro, fique bem longe da Lidiane, está certo?”

Paola consolou-o.

“Está bem.”

“Mateus, quer que eu te conte mais sobre minha infância com os quadrigêmeos?” Paola rapidamente mudou de assunto.

Durante dezoito anos com a família Martins, quase não houve momentos felizes; todos os dias eram vividos com medo e ansiedade.

A única fonte de calor vinha do amor paterno de Otávio Martins.

Por isso, era melhor não falar do passado, para não deixar Mateus ainda mais triste.