Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 1672

Neste momento, Cecília realmente ficou furiosa. Já estava assustada, com a imagem daquela silhueta que vira na noite anterior não saindo de sua cabeça. Esse vulto a atormentara durante toda a noite, impedindo-a de dormir sequer um minuto. Por isso, agora sentia-se completamente fraca, como se pudesse desmaiar a qualquer instante.

Assim, ao ouvir o comentário de Paola, ela explodiu de vez.

Paola ficou surpresa por um instante e, em tom de impaciência, disse: "Cecília, não me diga que está com a consciência pesada?"

Ao ouvir a expressão "consciência pesada", Cecília ficou ainda mais indignada. "Paola, o que exatamente você está querendo insinuar?"

"Ontem os quadrigêmeos disseram que suspeitavam que a morte do papai tivesse algo a ver comigo. Essas palavras saíram da sua boca, não foi?"

"Você sempre desconfiou que fui eu quem causou a morte do papai, não foi?"

"Paola, por pior que eu seja, jamais teria coragem de tirar a vida do meu próprio pai."

"Pois eu é que acho que foi você quem matou o papai, afinal, você nem era filha biológica dele."

No final, Cecília virou o jogo contra Paola.

"Cecília, se continuar falando essas bobagens, eu mando te jogarem pra fora agora mesmo, acredita?", Mateus bradou, sua voz carregada de fúria.

As palavras que Cecília estava prestes a dizer ficaram presas na garganta. Ela não ousou mais pronunciar uma palavra sequer.

Naquela casa, quem mandava era Mateus. Não importava o quanto ela quisesse falar, simplesmente não tinha coragem.

Além disso, ele sempre cumpria suas ameaças. Jamais voltava atrás no que dizia.

Em seguida, Cecília baixou a cabeça e tentou comer. No entanto, sua mente continuava tomada por flashes inquietantes. No fim, apenas beliscou alguns pedaços de comida, sem conseguir terminar a refeição.

Embora o café da manhã de hoje fosse composto de pratos que ela adorava, para ela tudo parecia insosso.

As olheiras estavam profundas, as pálpebras esverdeadas, bocejava sem parar. Era óbvio que estava sem dormir, o rosto estava pálido como se estivesse gravemente doente.

Depois de entender o que tinha acontecido, Cláudia segurou a mão da filha e disse: "Quando entrarmos, você precisa rezar com sinceridade, está bem?"

"Entendi."

"Fique tranquila, Paola, a morte do seu pai não tem nada a ver com você, não precisa se culpar."

"Além disso, o que aconteceu ontem à noite foi só uma alucinação. Uma pessoa morta não pode simplesmente aparecer assim."

Cláudia dizia isso, mas por dentro estava extremamente preocupada. Principalmente porque a filha parecia muito abalada. Se, por acaso, perdesse o controle e revelasse a verdade sobre a morte de Otávio, seria um desastre.

Embora não tivesse matado Otávio diretamente, foi ela quem o sequestrou, e só por isso Otávio morreu.