Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 1700

Todos começaram a elogiar Cláudia, cada um acrescentando algo, e Cláudia, ouvindo tudo aquilo, ficou radiante de felicidade. Antes, ainda sentia uma leve preocupação com Cecília, mas, após escutar as palavras daqueles presentes, até o último resquício de preocupação foi afogado por sua vaidade.

Ela confiava em Cecília; para conseguir se casar com a família Faria, Cecília também conseguiria se firmar nela. Cláudia acreditava que a filha jamais a desapontaria.

Naquele momento, Cecília se sentia péssima. Procurou o marido, mas não conseguiu encontrá-lo; procurou a mãe, mas esta estava ocupada se gabando para todos ao redor.

Se alguém descobrisse que ela havia sido expulsa da família Faria, seria motivo de riso para todos.

Cecília então pegou o celular novamente e ligou para Elias, mas, mesmo depois de tentar por muito tempo, a chamada não completou.

Cecília decidiu não insistir mais.

Embora ainda fosse esposa de Elias, ela sabia que já não tinha mais o direito de se envolver nos assuntos dele. Se o irritasse e ele resolvesse pedir o divórcio, nem sequer a última garantia lhe restaria.

Por isso, não importava o que Elias fizesse, ela precisava suportar tudo em silêncio.

Que destino era esse o de Cecília?

Antes, amava profundamente Ricardo; ficou com ele por seis anos, mas para ele, ela não passava de um instrumento para aliviar suas frustrações.

Agora, casada com Elias, percebia que ele não a amava tanto quanto ela imaginara.

Provavelmente, ele só não se divorciava ainda por pena dela.

Ao pensar nisso, Cecília, tomada pela raiva, pegou a almofada ao lado e a arremessou com força, sentando-se pesadamente no sofá em seguida.

No entanto, mal ficou sentada por alguns instantes e percebeu que a enorme sala de estar se tornara estranhamente silenciosa, tão silenciosa que seria possível ouvir uma agulha caindo no chão.

Nesse momento, vieram-lhe à mente Ricardo e Otávio Martins, recentemente falecidos, e um calafrio percorreu sua espinha, fazendo seu corpo tremer involuntariamente.

Ela quis se levantar para acender a luz principal da sala, mas sentiu medo de fazê-lo, imaginando Otávio parado ao lado do interruptor, olhando-a sombriamente. Assim, não teve alternativa a não ser continuar encolhida no sofá.

Segundo diziam, Serena havia retornado ao departamento de secretariado, ocupando agora o cargo de segunda secretária.

Pensando nisso, um sorriso malicioso surgiu no rosto de Cecília. Ela sabia que Serena, durante todos esses anos, não se envolvera com ninguém justamente porque ainda não conseguira esquecer Mateus. Uma colega que trabalhava na matriz lhe contara que Serena continuava, como sempre, tentando agradar o Sr. Leandro, mas, frequentemente, era repreendida por ele.

Assim, Cecília ligou para Serena, que atendeu imediatamente.

Naquele momento, Serena estava sentada sozinha na varanda, bebendo vinho, já um pouco embriagada.

“Dona Cecília da família Faria, o que a fez lembrar de mim hoje?” Assim que atendeu, Serena falou em tom de deboche.

“Serena, sendo sincera, por causa daquela cretina da Paola, estou prestes a perder meu lugar como Dona Cecília da família Faria.” Cecília respondeu, exagerando a situação.

Ela sabia que Serena odiava profundamente Paola, pois, devido ao aparecimento desta, seu sonho de se tornar Dona Faria havia sido destruído.