Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 1772

Após receber a ligação da filha, Cláudia demonstrou certa impaciência, mas não pôde deixar de atender.

Afinal, ultimamente aquela menina nem a procurava com frequência, e ela não sabia ao certo o motivo.

Por outro lado, Cláudia também andava se divertindo bastante com suas amigas nas reuniões e encontros, quase não mantinha contato com a filha.

Cecília já tinha vinte e sete anos, era capaz de tomar suas próprias decisões, e Cláudia acreditava que já era hora de soltá-la, para poder viver sua própria vida.

Agora, com duzentos milhões em mãos, ela desfrutava de uma vida sem preocupações financeiras, verdadeiramente feliz.

Assim que atendeu o telefone, ouviu-se a voz de Cecília em tom autoritário: “Mamãe, tem alguém aí com você?”

“Se tiver, vá logo para um lugar onde não haja ninguém, tenho algo muito importante para conversar com você.”

Ao perceber o tom nervoso da filha, Cláudia sentiu um pressentimento ruim, então largou as cartas que segurava e disse a todas: “Senhoras, por hoje vamos encerrar aqui. Amanhã continuamos, tudo bem?”

“Minha filha precisa falar comigo sobre algo importante, não tem como evitar.”

Cláudia ainda acrescentou mais uma frase.

“Vamos terminar essa rodada, só mais essa mão antes de irmos,” sugeriu uma das amigas, principalmente porque estava com cartas muito boas.

Cecília ouviu isso do outro lado e não deixou de se irritar; antigamente, quando a mãe trabalhava, também jogava cartas até tarde da noite antes de voltar para casa, mas naquela época tinha mais responsabilidade. Desde que ficou rica, Cláudia passara a jogar sem hora, e seu cuidado com a filha diminuíra.

Jogar cartas por pequenas quantias, ganhando ou perdendo alguns milhares, já não importava tanto, mas Cecília se preocupava que a mãe acabasse tomando gosto pelo jogo pesado, e aí sim seria um problema.

De cada dez pessoas que achavam que iam ganhar dinheiro jogando cartas, nove acabavam perdendo, por isso achava necessário alertar a mãe.

“Mãe, peça para as senhoras irem logo para casa, amanhã vocês jogam de novo.” Cecília ordenou com um tom de voz desagradável.

Percebendo o descontentamento da filha, Cláudia ficou um pouco nervosa. Sabia que Cecília nunca falava com ela daquele jeito, por isso achou melhor prestar atenção.

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