Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 1822

Quando Mateus disse essas palavras, tanto o tom quanto a expressão dele foram extremamente sérios.

Paola piscou algumas vezes antes de responder: “Mateus, eu gosto de muitos atores famosos.”

Assim que Paola terminou de falar, a expressão de Mateus, que mal havia se recuperado, ficou imediatamente péssima novamente, tão negra e carregada quanto o céu antes de uma tempestade, transmitindo uma sensação sufocante só de olhar.

Noriel ficou assustado ao ouvir as palavras da Sra. Faria. Ele se sobressaltou, sua mão tremeu, e o carro acabou seguindo um trajeto em S.

Paola, no entanto, não percebeu a mudança na expressão de Mateus, pois estava focada em lembrar quais atores famosos já havia gostado.

Enquanto pensava, ela continuou: “Mateus, entre os artistas brasileiros, eu também gostava do Raimundo Veloso.”

Noriel não conseguiu se conter e comentou: “Minha esposa também gosta do Raimundo.”

“Ela sempre diz que todas as novelas dele são ótimas.”

Mateus gritou para Noriel: “Conduza direito, não se meta na conversa.”

“Sim, senhor Leandro,” respondeu Noriel imediatamente.

Na verdade, era só porque a Sra. Faria estava falando que ele ousava se intrometer; se fosse o Sr. Leandro, ele jamais teria coragem, nem com dez doses de coragem emprestadas.

“Você gosta do Raimundo?” Mateus perguntou sem pensar.

Ao ouvir a pergunta, Paola finalmente virou o rosto. Quando seu olhar encontrou o de Mateus, seu coração deu um salto — por que o rosto de Mateus estava escurecido novamente?

Até pouco tempo atrás, ele já não tinha melhorado? Ele não tinha até concordado em deixá-la anunciar o encontro com Leonardo? E agora, por que parecia tão carregado novamente?

Mateus, por que seu humor muda tão rapidamente? O que está acontecendo com você?

Será que ela falou algo errado de novo?

Mas onde teria errado?

Paola só estava respondendo à pergunta dele.

“...” Paola ficou sem palavras. Pensou consigo mesma que a atuação de Mateus ainda deixava a desejar, não conseguia esconder o que realmente sentia.

Paola sabia que ele estava descontente; não era por cansaço. Ela, como esposa, não era mais uma criança de três anos, sabia ler emoções muito bem — uma habilidade desenvolvida desde pequena.

Na infância, se não soubesse interpretar expressões faciais, provavelmente teria passado fome todos os dias. Cláudia Barbosa, aquela mulher horrível, não era boa pessoa e sempre inventava maneiras de atormentá-la.

“Por que você gosta de um ator como o Raimundo?” Mateus, finalmente, não conseguiu mais se conter e começou a contestar.

A menina teimosa só gostava desses atores populares!

Por que não apreciava tantos outros artistas discretos e talentosos?

“Por que eu não poderia gostar do Raimundo?” Paola perguntou, curiosa.

“Veja só, o Raimundo é bem apessoado, tem um físico ótimo, já serviu ao Exército, e ainda atua muito bem!” Paola defendeu seu ponto de vista com firmeza.