Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 1866

Paola sorriu ao ouvir isso e então disse a Mateus: “Mateus, você e Elias também cresceram juntos desde pequenos, não cresceram? E mesmo assim, há uma grande diferença entre vocês dois, não é verdade?”

Mateus, porém, respondeu: “Como pode ser a mesma coisa?”

“A diferença entre você e Cecília é essencial!”

“Já eu e Elias, só temos personalidades diferentes, só isso.”

Paola continuou sorrindo ao ouvir isso, enquanto retirava das mãos dele o exame de ultrassom e o consolava: “Tudo bem, Mateus, se houver algum problema, vamos conversar amanhã.”

“Veja, você está falando tão alto que já assustou os bebês.”

Ao ouvir isso, Mateus imediatamente colocou as mãos sobre o ventre de Paola, já saliente, e, acariciando-o, pediu desculpas: “Desculpem, meus amores, papai não quis assustar vocês.”

Depois disso, ele se apressou em dizer a Paola: “Paola, me desculpe, fui muito impulsivo.”

“Vamos, eu te ajudo a ir tomar banho.”

“Tá bom.”

Ao acompanhar Paola até o banheiro, Mateus pensou consigo mesmo que, se Cecília ousasse fingir uma gravidez, ele certamente não a deixaria impune tão facilmente.

No dia seguinte, antes do amanhecer, Paola levantou-se silenciosamente.

Com o avanço da gravidez, ela dormia cada vez pior, acordando sempre com dores nas costas e um desconforto terrível.

Assim que se levantou, a primeira coisa que fez foi sair do quarto em silêncio e subir até o terraço para ligar para Cecília.

Naquela noite, ela realmente teve dificuldades para dormir por causa desse assunto, não porque temesse que Cecília fosse expulsa da família Faria, mas sim porque receava que Mateus não conseguisse engolir essa afronta e acabasse sendo cruel com ela.

Sua preocupação não vinha de uma grande afeição fraternal entre elas, mas sim por causa do pai, Otávio Martins.

Afinal, o pai a criou, e Cecília era sua única filha de sangue. Por isso, mesmo não gostando, ou até mesmo detestando, não desejava vê-la sendo espancada até a morte.

Ela estava ali sofrendo!

Enquanto Paola desfrutava de todo o carinho e atenção no Parque dos Nobres.

Só de pensar nisso já ficava irritada!

Queria matá-la!

Em teoria, tudo o que Paola tinha hoje deveria ser dela, mas o destino foi cruel e deu tudo a Paola, o que era revoltante.

“Cecília, quem está te ligando? Por que você não atende?” Cláudia, que dormia no sofá, também acordou com o barulho e perguntou ao se levantar.

“Foi aquela vadia da Paola, não quero ouvir a voz dela.” respondeu Cecília, furiosa.

“Logo de manhã cedo, por que ela te ligou?” Cláudia perguntou, intrigada, não conseguindo esconder um certo nervosismo.