Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 653

Depois que Paola parou de chorar, ficou sentada em silêncio ao lado de Mateus.

Quando o relógio marcou onze e meia, Daniel entrou no quarto.

"Sra. Martins, que tal eu levá-la para casa?"

"Afinal, não sabemos quando o senhor vai acordar. Ficar aqui sentada não tem muito sentido."

No entanto, Paola disse: "Eu não quero ir!"

"Não saio daqui esta semana. "

"Dia ou noite, eu vou ficar ao lado do Mateus."

"Daniel, você não sabe… Se não fosse Mateus me salvar na noite passada, quem estaria deitada aqui agora seria eu."

Depois de falar, as lágrimas de Paola começaram a cair novamente.

Daniel prontamente tentou consolar Paola: "Sra. Martins, fique tranquila, por favor. O médico disse que o senhor não corre mais risco de vida. Ele só machucou a cabeça, afetou alguns nervos, e pode levar alguns dias até que ele acorde."

"O médico também disse..."

Ao chegar nesse ponto, Daniel engoliu o restante das palavras, percebendo que talvez estivesse falando demais.

Pensou consigo mesmo que não deveria ter dito tanto, pois, ao revelar detalhes demais, poderia acabar preocupando ainda mais a Sra. Martins.

Afinal de contas, o Dr. Fernando havia mencionado apenas uma possibilidade, não uma certeza.

"Daniel, o que mais o médico disse? Por favor, me diga."

Daniel então disse: "Na tomografia computadorizada do cérebro, foi encontrada uma hemorragia pressionando os nervos do cérebro do Sr. Faria. Em casos como esse, o paciente pode sofrer perda temporária de memória ao acordar."

"Ou até mesmo uma redução da capacidade intelectual."

Perda de memória?

Redução da capacidade intelectual?

Bem, a perda de memória ainda era controlável, a memória podia ser recuperada.

Mas o que significava uma redução na capacidade intelectual?

Ele se tornaria menos inteligente?

"Então, Mateus, é melhor você acordar normalmente. Se você realmente se tornar incapaz, farei o mesmo com você."

"E olha que eu não estou brincando, hein?"

...

E assim, Paola continuava falando sozinha, acreditando firmemente que, embora Mateus não estivesse acordado nem pudesse responder, ele certamente conseguia ouvi-la.

No fundo, ela tinha a esperança de que suas palavras pudessem estimular os nervos do cérebro dele, talvez até apressando o momento de seu despertar.

Quando se cansou de falar, ela parou e se aconchegou ao lado de Mateus, fechando os olhos para descansar.

"Paola..."

Mas assim que fechou os olhos, ouviu Mateus chamá-la pelo nome.

Ela rapidamente levantou a cabeça, respondendo com excitação: "Mateus, Mateus, estou aqui, estou aqui."

"Mateus, você acordou?"

"Você acordou, não é?"