Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 775

"Faz sentido, agora você é uma celebridade, uma pessoa influente, além de ser uma grande CEO. Se alguém te reconhecer, pode complicar as coisas."

Cláudia falou com muita formalidade e educação.

Paola apertou os dentes.

Esse Mateus... não disse que ela não seria reconhecida nem pelos anjos?

Por que Cláudia a identificou tão facilmente?

Além disso, o tom de voz de Cláudia estava bem estranho hoje.

Esse tipo de delicadeza geralmente reservava apenas para Cecília. Nem mesmo seu pai, Otávio, recebia esse tratamento, quanto mais Paola. Será que foi por causa daquele dinheiro que ela lhe deu da última vez? Isso teria mudado sua postura?

Impossível.

Afinal, no dia em que pegou o dinheiro, Cláudia ainda a chamou de mesquinha, saindo resmungando. Como poderia, hoje, estar tão amigável?

"Paola..." - Nesse momento, Cecília também a chamou de forma inesperadamente amistosa.

Quem visse de fora poderia até pensar que elas se davam bem.

"Sim." - Paola respondeu de maneira fria. Ela não estava com disposição para discutir com Cecília. Bastava que o encontro transcorresse de modo pacífico.

Além disso, ela esperava nunca mais cruzar com aquela mãe e filha nesta vida. Mas, como o destino gostava de pregar peças, ao dar uma simples volta no supermercado, acabou esbarrando com as duas.

Naquele momento, Cecília e Cláudia pareciam bem machucadas, com rostos vermelhos e inchados. Uma delas estava apoiada em uma muleta e com a perna engessada, exibindo um estado bem lastimável.

"Paola, fique tranquila, não vou mais te pedir dinheiro!" - Cláudia continuou.

"Ok." - Paola respondeu.

Ela respondeu com 'ok', mas, no fundo, não acreditava nem um pouco, pois sabia que certos hábitos são impossíveis de mudar - assim como um cão não deixa de lado o vício de comer lixo.

Cecília então falou: "Paola, eu também reconheço meus erros!"

Lembrando dessas cenas, Paola sentiu-se tomada por um misto de raiva e desprezo por Cecília. Por isso, nunca poderiam ser boas amigas, não nesta vida.

Mesmo que o seu pai, Otávio, tentasse persuadi-la, essa amizade nunca existiria.

Não importava se antes era pobre. Jamais se rebaixou para essa mãe e filha. Agora, com dinheiro e posses valiosas, nem sequer se dava ao trabalho de olhar para elas mais do que o necessário.

Ainda assim, ao vê-las tão feridas e com a perna quebrada, Paola sentiu uma certa curiosidade sobre o que teria acontecido.

Então, decidiu perguntar: "O que aconteceu com vocês duas? Quem fez isso?"

Após se entreolharem, Cláudia começou a falar com cautela: "Foi um acidente, nós caímos."

"Aliás, Paola, como estão os quadrigêmeos?" - Cláudia perguntou, desviando o assunto.

Afinal, aquele homem de preto havia avisado que, se algo acontecesse aos quadrigêmeos, ela e a filha "iriam para o além". E garantiu que cumpriria sua promessa. Como prova de que não estava brincando, ele ainda quebrou uma de suas pernas.