Novo Começo, Nova Vida romance Capítulo 940

Hugo disse tudo isso de uma só vez.

Ao ouvir isso, Leandro ficou furioso.

"Hugo, eu passo minhas ações para quem eu quiser, você não tem nada com isso!" - Leandro exclamou com raiva.

Hugo respondeu: "Pai, eu não quis me intrometer."

Leandro gritou: "Se você não se intrometeu, então qual é o seu ponto agora?"

"Pai, eu só queria ter uma boa conversa com você, não há necessidade de ficar tão irritado." - Hugo manteve-se calmo diante da situação.

De repente, Leandro percebeu que, ao longo desses anos, Hugo sempre foi discreto, sem disputar ou brigar por nada na família; ele até mesmo ignorou sua existência, afinal, Hugo sempre foi muito obediente.

Contudo, naquele momento, ele sentiu que a pessoa mais temível da família era, na verdade, Hugo.

"Pai, eu também não quero muito, só quero um terço de sua participação no Grupo Faria." - Hugo continuou.

"Afinal, você não teve apenas Evandro e o Eduardo, eu também sou seu filho, não sou?" - Hugo acrescentou.

Leandro apertou os punhos e então disse com rancor: "E se eu não der?"

"Haha—" - Hugo riu ao ouvir isso, seu sorriso cheio de escárnio.

"Pai, eu só quero perguntar, por que não daria?"

"Eu não sou seu filho?"

Hugo perguntou rindo, como se tivesse ouvido uma grande piada.

"Pai, eu fui desrespeitoso com você?"

"Ou, ao longo dos anos, eu não contribuí em nada para esta família?"

"Ou ainda, desde pequeno, eu nunca obedeci ao pai?"

"E as ações no nome do Evandro, além das que o avô dividiu, você também deu a ele mais seis por cento."

"Então, as ações no nome do Evandro sempre foram de dezesseis por cento!"

"O senhor me diz, Eduardo e eu somos seus filhos, por que você deu mais seis por cento a ele? Por quê?"

Ouvindo as palavras do Hugo, Leandro sentiu um arrepio ainda mais forte nas costas, até se encolheu.

"Pai, me diga, por quê?" - Hugo perguntou, mantendo seu sorriso característico, mas seus olhos por trás dos óculos mostravam clara ferocidade.

Leandro falou seriamente: "Evandro sempre foi excelente desde pequeno. Eu dei seis por cento das ações a ele porque ele assumirá o Grupo Faria e contribuirá ainda mais. Eu não deveria dar a ele?"

"Deveria, claro que deveria!" - Hugo respondeu imediatamente.

"Então, pai, não importa qual decisão tome, eu sempre o apoiarei."

"Mas, eu só quero o que é meu por direito!"