Nunca Atrasado, Nunca Longe romance Capítulo 1136

Fábio respondeu impotente: “Eu também pensei nisso e enviei homens para investigar, mas, infelizmente, nada aconteceu. O anestesista só tem o hábito de ir ao banheiro masculino antes de uma cirurgia e faz isso há anos. Portanto, não é difícil descobrir os hábitos de longa data de alguém.”

Ao ouvir isso, Helena não tinha mais nenhuma pista e perguntou: “Quem pode ser então?”

“Não há necessidade de se preocupar. Como os planos deles foram frustrados, tenho certeza de que ficarão quietos daqui para frente.”

Depois de hesitar por um momento, ele sussurrou: “Com relação ao fanático, apenas uma família proeminente é capaz de treiná-lo. A família Bueno só tem se saído bem nos últimos anos, portanto, não há como ele estar sob seu comando. Neste caso, o fanático só pode ter vindo do mercado negro. Enviei homens para se infiltrarem e investigarem. Portanto, tudo o que precisamos fazer é esperar, pois é uma questão de tempo até descobrirmos.”

“Do mercado negro. Por que não pode ser um fanático de outras famílias?”, ela questionou.

“Um fanático de uma família proeminente não trabalharia para os Buenos sem motivo. Além disso, eles poderiam facilmente descobrir que estou envolvido neste assunto e, provavelmente, ficariam longe por minha causa”, ele comentou preocupado.

Helena revirou os olhos e, em seguida, mirou na direção de Victor. Vendo a expressão carrancuda no rosto do irmão, ficou aflita.

Como tinham sido vítimas de um atentado, Helena acreditava que outros episódios poderiam ocorrer. Seria apenas uma questão de tempo. O que meu irmão vai fazer se eu não estiver ao seu lado? Se algo acontecer com ele, como vou encarar minha mãe? Mas esta não era a primeira vez que ele foi machucado. Como sobreviveu por todo esse tempo?

Fábio ficou solidário ao notar o olhar triste dela. Entrelaçando seus dedos com os dela, acariciou suas bochechas e a tranquilizou: “Tudo bem. Não se preocupe. Ele é seu irmão e, por extensão, meu irmão também. Vou cuidar dele de agora em diante.”

Helena se sentiu tocada ao ouvir as palavras dele. Fábio tem sido extremamente atencioso nos últimos dois dias. Será que se apaixonou por mim de verdade? E ele continua insistindo que eu use aquela pulseira. Não pretende se divorciar mais de mim?

Helena estava tão concentrada em encontrar o responsável por prejudicar seu irmão que se esqueceu desse assunto. Convencê-lo de que sou sua irmã? A única maneira de nos conectarmos é através de nossos pais. Portanto, para isso, tenho que primeiro convencê-lo de que somos filhos da mesma mãe, mas não há como provar isso. Se não a conheci, como poderia provar?

Por que essa garota ficou boba de repente? “O fato de sua medula óssea ser compatível não é suficiente? Além disso, você usava algo especial quando foi abandonada? Pode usar isso como prova também.”

“Exatamente. Por que não pensei nisso? Sou muito burra mesmo!”

Ela tentou levar a mão à cabeça, mas percebeu que não conseguia se mover. Fábio ainda estava segurando sua mão.

“O que você disse me lembrou de algo. Quando era jovem, tinha uma joia que parecia cara. Pedi a minha mãe para vendê-la quando estivéssemos falidos, mas ela se recusou e nunca me disse o motivo. Tudo o que ela dizia era que eu nunca deveria vendê-la, independentemente de nossa situação de penúria. Imaginei que devia ser o que eu tinha comigo quando fui encontrada. Por isso, ela foi inflexível em não vendê-la.”