Nunca Atrasado, Nunca Longe romance Capítulo 1548

Depois que seu chefe terminou de falar, Cauã aguardou imediatamente a próxima ordem.

“César Johnson pode não ser poderoso, mas é astuto, cruel e malicioso. Não tenho dúvidas de que foi ele quem bolou o plano e convenceu Gabriela a ajudá-lo. Ela provavelmente concordou em fazê-lo quando cedeu à tentação”, Lucas comentou.

Não importa o que aconteça, ambos devem ser severamente punidos. Já fui gentil o suficiente, não serei mais.

“Já que esses dois adoram planejar no escuro, mostrarei a eles o que é a escuridão de verdade!”, ele zombou antes de olhar para Cauã.

Lucas então se inclinou para frente para sussurrar algo no ouvido de seu guarda-costas. Ao ouvir aquilo, o homem assentiu profusamente em resposta.

Tranquilizando seu chefe de que tudo sairia como o planejado, Cauã se virou e saiu.

Quando o sol se pôs no dia seguinte, César apareceu no bar mais uma vez.

Ele recebeu a notícia de que os assassinos que ele contratou para prejudicar Lucas e Juliana não apenas falharam em sua missão, mas foram jogados na prisão.

Como não havia revelado sua identidade, César não estava preocupado com a polícia vindo atrás dele. No entanto, uma frustração ainda tomou conta de seu peito. Afinal, o plano que considerava perfeito, havia ido pelo ralo.

Perdi Gabriela, as riquezas da família Alves, os sonhos de ser o herdeiro dos Johnsons e tudo o que tanto almejei. Mais uma vez todos os meus sonhos escaparam de minhas mãos.

Esse pensamento por si só foi suficiente para desanimá-lo completamente, por isso, estava afogando suas mágoas no álcool.

Quando saiu do bar, César estava completamente bêbado. Ele não conseguia nem andar em linha reta enquanto balançava a cada passo que dava.

Como de costume, acabou tropeçando em uma rua isolada. Nesse momento, alguns homens emergiram das sombras.

Eles o agarraram e cobriram a sua boca enquanto o arrastavam para o canto mais escuro do beco antes de jogá-lo no chão como se fosse um saco de batatas.

César ficou sóbrio quase instantaneamente.

Quando avistou os homens mascarados o encurralando, o terror pulsou em suas veias.

“Quem são vocês? O que querem?”, ele os interrogou na esperança de aumentar sua própria confiança e chamar a atenção das pessoas que pudessem aparecer casualmente no local.

“Isso não é da sua conta, mas saiba que em breve você estará para sempre preso a uma cadeira de rodas!”, uma voz baixa falou entre as sombras.

“Não! Você não pode fazer isso comigo! Por acaso sabe quem eu sou?” César lutou na tentativa de escapar, mas a combinação de medo e álcool manteve os seus joelhos fracos e os seus pés pregados no chão.

“Eu pagarei a quantia que quiser. Por favor, não me machuque!”, ele implorou enquanto soluçava.

Lágrimas escorriam por todo o seu rosto quando o pânico tomou conta de seu corpo.

“O que quer que diga agora será inútil. A culpa é sua por mexer com quem não deveria. Você não tem ninguém para culpar além de si mesmo, então é melhor desistir.” Enquanto falava, o homem no meio deu um sinal.

Sem perder tempo, os dois homens ao lado dele agarraram César pelos braços, levantando-o e prendendo-o na parede, cada um de um lado.

César entendeu imediatamente quem havia enviado aquelas pessoas atrás dele. Naquele instante, ele sabia que não teria escapatória.

“Não! Por favor, eu estava errado, me desculpe! Por favor, deixe-me ir. Prometo que nunca… mmmm, mmmm!”

Antes que pudesse terminar sua frase, os homens enfiaram uma bola de pano em sua boca, abafando suas palavras.

“Ahhhh!”

Mesmo com a boca totalmente coberta, César ainda soltou um grito alto enquanto uma dor excruciante atravessava seu corpo.

Os seus gritos perfuraram o silêncio do beco.

Aquele som de gelar o sangue ecoou pelas ruas e fez os cabelos de alguns transeuntes ficarem arrepiados. Eles não podiam deixar de parar, olhando em volta antes de fugir, com medo de encontrar alguém, ou qualquer coisa, que não deveriam.

César caiu no chão, inconsciente. Sua respiração era irregular e áspera enquanto tentava se agarrar à beira de sua vida.

Os homens se entreolharam e assentiram antes de se separarem e desaparecerem mais uma vez nas sombras.

Apenas César ficou na escuridão sufocante.

Não muito tempo depois, algumas sirenes soaram do outro lado do beco enquanto a polícia fechava a área.

Uma ambulância chegou ao local pouco depois e os paramédicos levaram o corpo quase sem vida para o hospital.

“Você ouviu? César Johnson foi atacado na noite passada perto do bar que frequenta. Ouvi dizer que alguém havia quebrado suas pernas e cortado seus tendões. Parece que ele terá que usar uma cadeira de rodas pelo resto de sua vida a partir de agora!”

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