Nunca Atrasado, Nunca Longe romance Capítulo 1597

Escondido atrás da porta, Lucas estava usando o telefone para o trabalho, lendo os relatórios que seu assistente enviava. Nesse momento, uma enfermeira com um carrinho se aproximou.

“Oi, Denise, você está aqui para entregar a refeição?”, ele perguntou.

Conforme solicitado por ele, o hospital designou especialmente aquela funcionária para cuidar da dieta de Juliana. Naturalmente, isso custava mais.

Denise não olhou para ele, e parecia um pouco estranha ao dizer: “Isso mesmo, Sr. Norton. Eu, hã, é... Melhor eu entrar agora...”

“Tudo bem. Obrigado. Você está preocupada, de mau humor ou algo assim? Que tal eu fazer isso no seu lugar?”, ele sugeriu quando percebeu a distração da moça.

Ele poderia ajudar a cuidar de Juliana, assumindo qualquer tarefa se a enfermeira estivesse sobrecarregada.

“Não, não. Está tudo bem. Eu consigo. Não precisa se preocupar”, ela respondeu rapidamente, como se não quisesse incomodá-lo.

Lucas não insistiu quando viu sua relutância. Como não havia proximidade entre os dois, a relação era puramente profissional.

Sendo assim, a moça empurrou o carrinho para o quarto de Juliana, que logo a cumprimentou: “Ei, Denise, você está aqui!”

“Sim, Sra. Veiga. É hora do almoço. Isso é o que o hospital preparou hoje. Vou ajudá-la a se alimentar.”

“Está tudo bem hoje”, Juliana disse, sorrindo como uma criança.

Sem reparar qualquer coisa estranha na enfermeira, Juliana ficou feliz em ver a deliciosa refeição.

Nesse momento, Lucas entrou no quarto. “Por que você está tão feliz com uma simples refeição? Está morrendo de fome?”, o marido brincou.

Juliana o ignorou e pegou seus talheres para comer.

“Sra. Veiga, espere”, a enfermeira interrompeu.

Juliana não sabia por que Denise estava agindo de forma tão estranha. “Qual é o problema? Algo está acontecendo?”

Parecendo estar escondendo algo, ela falou meio sem graça: “N-Não. Achei que tivesse visto algo na comida. Ah, esses meus olhos que não enxergam mais como antes! Desculpe-me.”

“Isso não é verdade. Você tem pouco mais de trinta anos. Como não enxerga direito?”, Juliana retrucou com um sorriso, pensando que a enfermeira estivesse brincando.

Lucas ficou ao lado, observando sem dizer nada. Por algum motivo, ele sentiu algo errado com Denise, mas não conseguia dizer o quê. É como se ela estivesse escondendo alguma coisa...

Infelizmente, ele não tinha como descobrir o problema, já que Denise se recusava a falar. Tudo o que ele podia fazer era observar.

Juliana pegou a colher e tomou um gole de sopa. “Está incrível. A culinária do hospital está melhorando!”, ela elogiou na mesma hora.

Sem mostrar sinais de hesitação, ela estava pronta para tomar outra colherada.

Denise finalmente falou quando viu a voracidade da paciente para comer. Antes relutante, agora decidiu falar algo com tristeza nos olhos. “S-Sra. Veiga, a comida pode não estar bem cozida. Deixe-me pegar algo para você.”

Juliana ficou curiosa e atordoada por um tempo, observando a enfermeira devolver a comida no carrinho. “Qual é o problema? Diga se tem algo incomodando você. Vou ajudar se puder.”

Lucas finalmente descobriu o que estava acontecendo. “Deve haver algo errado com a comida.”

Denise entrou em pânico depois de ouvir o que Lucas disse. “E-Eu...”

Ela não sabia o que dizer, mas o suor na sua testa mostrava seu nervosismo.

“A comida estava envenenada, não estava? Quem é o culpado? Sei que você não quer machucar ninguém, então diga a verdade! Não vou lhe causar problemas.”

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Nunca Atrasado, Nunca Longe